Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Segundo ano de pandemia pode ser muito mais mortal, diz OMS

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Domingo, 16 de Maio de 2021 às 11:04, por: CdB

Apesar dos enormes avanços em termos de prevenção e desenvolvimento de vacinas, o ano de 2021 poderia causar ainda mais mortes do que as registradas em 2020, adverte a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por Redação, com Sputnik - de Bruxelas
Apesar dos enormes avanços em termos de prevenção e desenvolvimento de vacinas, o ano de 2021 poderia causar ainda mais mortes do que as registradas em 2020, adverte a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização, disse na sexta-feira que a pandemia em 2021 poderá ser muito mais mortal do que em 2020, e comentou sobre as medidas a que deveriam ser tomadas. A covid-19 já custou mais de 3,3 milhões de vidas, e estamos no caminho para que o segundo ano da pandemia seja muito mais mortal do que o primeiro. Salvar vidas e meios de subsistência com uma combinação de medidas de saúde públicas e vacinação, não uma ou outra, é a única saída. Um dos maiores desafios é a disponibilidade de vacinas nos países mais pobres e, como solução para este problema, o diretor da OMS sugere que, em vez de vacinar crianças, os países desenvolvidos compartilhem suas vacinas no âmbito do COVAX, o plano internacional de fornecimento de vacinas para países menos desenvolvidos. Além disso, hospitais de países de média e baixa renda estão sendo inundados com pessoas que necessitam de assistência urgente. Apenas 0,3% das vacinas contra a covid-19 chegam a esses países, observou Ghebreyesus. Ele também sublinhou que em algumas partes do mundo a situação continua crítica, como na Índia, Nepal, Sri Lanka, Vietnã, Camboja, Tailândia e Egito. As Américas foram responsáveis por 40% de todas as mortes por coronavírus na última semana. Todos esses países estão sendo apoiados, acrescentou o diretor-geral da OMS.

Nacionalismo das vacinas

Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou que em setembro de 2020 ele alertou sobre a ameaça do chamado "nacionalismo das vacinas", mas foi-lhe dito que estava sendo alarmista, e fez outra previsão semelhante em janeiro de 2021.
– Em janeiro, falei sobre a possível ocorrência de uma catástrofe moral. Infelizmente, estamos agora testemunhando isso a acontecer. Em um punhado de países ricos, que compraram a maior parte do fornecimento de vacinas, grupos de baixo risco estão sendo agora inoculados. – Preciso ser franco: o mundo está à beira de uma falência moral catastrófica, e o preço deste fracasso será pago com vidas e meios de subsistência nos países mais pobres do mundo. Como uma das soluções para o problema, ele pediu que a fabricação de vacinas fosse incentivada através do compartilhamento das tecnologias e conhecimentos necessários para isso.
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