Milhares de docentes vestidos de preto, a assinatura do movimento pró-democracia, abrem mais um fim de semana de manifestações em Hong Kong. Muitos carregam cartazes com a mensagem: "Protejam a próxima geração".
Por Redação, com DW - de Hong Kong
Apesar da forte chuva, os professores de Hong Kong se reuniram, neste sábado, no centro de negócios da região semiautônoma chinesa, numa marcha pacífica em solidariedade aos manifestantes que ocupam as ruas da cidade há mais de dois meses. Organizada pelo Sindicato de Professores Profissionais de Hong Kong, os manifestantes marcharam até à residência da chefe do executivo local, Carrie Lam. Lá, eles bradaram: "A polícia de Hong Kong conhece a lei e viola a lei." A manifestação foi autorizada pela polícia. Muitos dos professores levaram cartazes com os dizeres: "Protejam a próxima geração". De acordo com o sindicato, os professores concordam com as cinco reivindicações dos manifestantes: retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e a demissão da chefe do executivo, Carrie Lam. Para domingo está programada uma grande manifestação que a polícia autorizou, mas proibiu a marcha de protesto, disse um porta-voz de um dos movimentos que organiza a iniciativa. Há mais de dois meses que Hong Kong é palco de protestos maciços, marcados por violentos confrontos entre manifestantes e a polícia, que tem usado balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo.