Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Prefeito de Bagé, que ameaçou bater de relho em Lula, é investigado

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Sexta, 14 de Janeiro de 2022 às 13:06, por: CdB

O prefeito Divaldo Lara (PTB) foi citado em uma delação premiada que revela um suposto caso de pagamento de propina, de até R$ 40 mil por mês, para manter contratos de cerca de R$ 27 milhões com uma empresa que administrou as áreas da saúde e da educação no município. Lara nega as acusações a alega que os contratos, de 2018, foram extintos.

Por Redação - de Bagé, RS
“Cada enxadada uma minhoca: Bolsonarista, Prefeito de Bagé, que queria bater no Lula de relho, recebia 40 mil por mês de mesada da empresa terceirizada da Saúde do Município, para não fiscalizar a mamata”, escreveu o economista Fernando Almeida Prado (@raulcosmo1), no Twitter, sobre o processo aberto contra o integrante da ultradireita.
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De relho em punho, ao lado do vice-presidente Hamilton Mourão, o prefeito Divaldo Lara ameaçou Lula
O prefeito Divaldo Lara (PTB) foi citado em uma delação premiada que revela um suposto caso de pagamento de propina, de até R$ 40 mil por mês, para manter contratos de cerca de R$ 27 milhões com uma empresa que administrou as áreas da saúde e da educação no município. Lara nega as acusações a alega que os contratos, de 2018, foram extintos e passaram por aprovação do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Lara diz ainda que não conhece o delator e pretende processá-lo após os fatos serem aprofundados pela Justiça e julgados improcedentes. O assunto, no entanto, estava censurado desde agosto do ano passado. A juíza Tatiana di Lorenzo, da 18ª Vara Cível da Comarca de Porto Alegre, determinou que o canal de TV RBS não divulgasse os dados obtidos na investigação do MP, decisão que foi mantida pelo Desembargador Jorge André Pereira Gailhard, da 5ª Câmara Cível do TJ-RS. ‘Uma farra’ O veículo de comunicação, no entanto, recorreu ao Supremo Tribunal de Federal (STF) e obteve decisão favorável do ministro Gilmar Mendes. Em liminar, ele suspendeu a proibição. "Não é demasiado ressaltar que a história recente das democracias constitucionais tem nos advertido que as cláusulas de liberdade de expressão e de imprensa devem ser preservadas em benefício da obtenção da informação pela coletividade", cita o ministro no despacho. Segundo o promotor Antônio Kepes, da Procuradoria de Prefeitos do Ministério Público, a empresa de Giovani, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), contratava mão de obra para a saúde e educação. A fiscalização do contrato não era realizada, diz. — Era uma farra, não havia uma fiscalização, não havia prestação de contas. Quando eram feitas, se foi comprovado que a prestação de contas era feita com auxílio, inclusive, de servidor da prefeitura. Eles se reuniam até pra isso — resumiu.
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