Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Políticos europeus são alvo de spyware israelense, diz relatório

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Terça, 19 de Abril de 2022 às 08:22, por: CdB

Apesar do ataque, os britânicos se negaram a dar detalhes, um funcionário, que não quis se identificar, confirmou que as redes governamentais foram comprometidas e que o programa havia infectado telefones e computadores.

Por Redação, com Sputnik - de Bruxelas/Jerusalém

Diversos políticos e ativistas europeus foram alvos de espionagem pelo spyware israelense Pegasus, segundo empresa de pesquisa cibernética.

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Diversos políticos e ativistas europeus foram alvos de espionagem pelo spyware israelense Pegasus

O relatório da Citizen Lab aponta que dos alvos fazia parte o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e líderes catalães na Espanha.

"Confirmamos que em 2020 e 2021 observamos e notificamos o governo do Reino Unido de múltiplas suspeitas de infecções com o spyware Pegasus dentro de redes governamentais do Reino Unido", informou a Citizen Lab.

Entre 2020 e 2021, o programa de spyware israelense foi usado para espionar diversas instituições governamentais do Reino Unido.

Apesar do ataque, os britânicos se negaram a dar detalhes, um funcionário, que não quis se identificar, confirmou que as redes governamentais foram comprometidas e que o programa havia infectado telefones e computadores.

O programa Pegasus, da israelense NSO, tem sido usado em todo o mundo para espiar telefones e computadores de políticos, defensores de direitos humanos, jornalistas e até membros da Igreja Católica.

Israel impediu Ucrânia de obter spyware Pegasus

Israel impediu tentativas de Kiev de adquirir o programa de vigilância Pegasus para evitar um possível confronto entre Rússia e Ucrânia, informou o Washington Post no dia 24 de março, citando fontes como oficiais de inteligência ocidentais.

A Agência de Controle de Exportação de Defesa de Israel impediu tentativas da Ucrânia de adquirir o programa de vigilância Pegasus da empresa israelense NSO. Desta forma, Israel queria evitar um possível confronto entre a Rússia e a Ucrânia, segundo o Washington Post, citando fontes como oficiais de inteligência ocidentais.

De acordo com as informações fornecidas pelas fontes, a tentativa da Ucrânia de obter o spyware pode ter ocorrido em 2019, embora a data exata seja desconhecida. Eles também mencionaram que as preocupações com a reação da Rússia afetaram os acordos da empresa NSO com a Estônia, que teve restrições ao uso do programa de espionagem telefônica.

Segundo o jornal americano, o vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mikhail Fyodorov, recusou-se a confirmar se seu país havia tentado adquirir o programa Pegasus, mas reconheceu que queria obter tecnologia israelense. O Ministério da Defesa da Estônia se recusou a comentar o assunto.

O Pegasus é considerado uma das ferramentas de vigilância cibernética mais poderosas disponíveis no mercado, já que fornece aos operadores capacidade de assumir o controle total do celular de uma pessoa, baixar todos os dados do dispositivo e ativar sua câmera ou microfone sem que o usuário saiba.

Em dezembro de 2021, o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou que o spyware Pegasus da NSO Group já teria sido usado para espionar os celulares de cerca de 50 mil pessoas, incluindo políticos, empresários, ativistas, jornalistas e opositores em todo o mundo.

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