Tentam jogar a Petrobras contra a opinião pública, "para justificar sua privatização”, afirma o engenheiro Fernando Siqueira. Ainda, a distribuição dos preços é “imoral”, assim como o lucro nos últimos anos. De acordo com o engenheiro, no caso do gás de cozinha (GLP), por exemplo, a Petrobras ficava com 32% e a parte do revendedor, era de 50%.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A Petrobras poderia alterar sua política de preços sem causar prejuízo a nenhum dos setores envolvidos e assim beneficiar o consumidor, afirmam, em síntese, o economista Eduardo Costa Pinto e o engenheiro Fernando Siqueira. Eles participaram de debate que integra uma série promovida pelo site brasileiro Outras Palavras, sobre os rumos da empresa.
Para Siqueira, da associação dos engenheiros na Petrobras (Aepet), entre as estratégias para enfraquecer a companhia, a atual política de preços (PPI) é de desmoralização.
Muito lucro
Para jogá-la contra a opinião pública e justificar sua privatização”, afirma. Ainda, a distribuição dos preços é “imoral”, assim como o lucro nos últimos anos. De acordo com o engenheiro, no caso do gás de cozinha (GLP), por exemplo, a Petrobras ficava com 32%, os impostos correspondiam a 18% e a parte do revendedor, a 50%.
— Absurdo, imoralidade total. Aí eles mexeram, reduziram a participação da distribuidora de 50% para 38%, altíssimo ainda, e na Petrobras, que era 32%, passou para 48%, 49%. A Petrobras absorveu a imoralidade. Se fossem cobrados preços corretos, o botijão poderia estar na faixa de R$ 60 e ainda daria muito lucro para todo mundo — afirmou.
Com média de R$ 114, aproximadamente, o botijão chega a custar até R$ 160. A situação vale também para o diesel, cujo lucro ele também chama de “imoral”, conclui Siqueira.