Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Pessoas casadas podem ter menos chances de desenvolver Alzheimer, diz estudo

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Quinta, 29 de Dezembro de 2022 às 08:54, por: CdB

Os pesquisadores acreditam que essa relação tenha a ver com o isolamento. Acontece que estudos anteriores identificaram que o isolamento social é um forte fator de risco para o Alzheimer, principalmente quando a pessoa não tem filhos.

Por Redação, com Canaltech - de Oslo

O casamento pode prevenir o Alzheimer, segundo um estudo publicado na revista Journal of Aging and Health. Para chegar a essa descoberta, pesquisadores do Instituto Norueguês de Saúde Pública (NIPH) analisaram os dados de mais de 8 mil pessoas. Na prática, o grupo descobriu que os casados têm menos risco de comprometimento cognitivo do que os solteiros.

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O casamento pode prevenir o Alzheimer, segundo um estudo publicado na revista Journal of Aging and Health

Os pesquisadores acreditam que essa relação tenha a ver com o isolamento. Acontece que estudos anteriores identificaram que o isolamento social é um forte fator de risco para o Alzheimer, principalmente quando a pessoa não tem filhos.

Os resultados mostraram que 11,6% dessas 8 mil pessoas analisadas desenvolveram Alzheimer, e 35,3% desenvolveram comprometimento cognitivo leve. Dessas pessoas, a menor incidência foi no público casado, e a maior incidência foi entre os solteiros e divorciados.

Por enquanto, os pesquisadores ainda não sabem se isso acontece por conta do companheirismo, a probabilidade de ter filhos ou alguma outra característica, mas já é um fator a se olhar mais de perto, durante os próximos estudos da área. Principalmente considerando que a ciência tem se concentrado muito em desvendar os mistérios por trás da doença.

Alzheimer: tudo o que você precisa saber

Em resumo, o Alzheimer é um distúrbio neurológico progressivo que faz com que o cérebro atrofie e, consequentemente, as células cerebrais (neurônios) morram de forma gradual. No entanto, as causas exatas da doença não são totalmente compreendidas.

Segundo o Ministério da Saúde, a doença costuma evoluir para vários estágios de forma lenta, dividida em quatro estágios:

Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;

Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia; Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora; Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Por enquanto, a ciência busca entender a doença em questão a partir do comportamento de duas proteínas: a beta-amiloide (que, agrupada, costuma ter um efeito tóxico nos neurônios e interromper a comunicação célula a célula) e a tau (que muda de forma e começa a se organizar em estruturas que perturbam o sistema de transporte). Veja tudo o que você precisa saber sobre o Alzheimer.

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