Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Pesquisadores da Fiocruz alertam que SRAG pode voltar a crescer

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Sexta, 13 de Agosto de 2021 às 09:07, por: CdB

O Estado do Rio de Janeiro é o único a apresentar uma forte probabilidade (95%) no crescimento de casos de SRAG quando são analisadas as últimas seis semanas. Essa é a primeira vez em que essa tendência é detectada no estado, que concentra o maior número de casos confirmados da variante Delta no Brasil.

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram uma interrupção na tendência de queda dos casos e óbitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo o Boletim InfoGripe divulgado na quinta-feira. O estudo alerta que é possível uma retomada no crescimento de casos frequentemente relacionados à covid-19. Segundo o boletim, desde 2020 71% dos casos de SRAG foram causados por vírus respiratórios no país e, entre eles, o SARS-CoV-2 responde por 96,6%.
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Pesquisa identificou interrupção na tendência de queda dos casos
O Estado do Rio de Janeiro é o único a apresentar uma forte probabilidade (95%) no crescimento de casos de SRAG quando são analisadas as últimas seis semanas. Essa é a primeira vez em que essa tendência é detectada no estado, que concentra o maior número de casos confirmados da variante Delta no Brasil. Os Estados de Mato Grosso do Sul e Acre também apresentam tendência de crescimento nesse tipo de análise, porém com probabilidade de 75%. Na análise de curto prazo (últimas três semanas), Mato Grosso do Sul apresenta forte probabilidade de crescimento, e também tendem a crescer a Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. A análise de seis semanas é usada pelos pesquisadores para uma avaliação da tendência de casos de SRAG com menor peso de oscilações semanais. Já a de três semanas, apesar de conter mais oscilações, indica possíveis alterações no comportamento de longo prazo.

Modificações de tendência

Modificações de tendência foram percebidas no Paraná, Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde foi observado sinal de estabilidade na tendência de longo prazo e sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo. Já na Bahia e em Sergipe, observa-se sinal de queda no longo prazo, com sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo. Sinais de estabilidade nas tendências de curto e longo prazo foram registrados no Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia e Santa Catarina. Já Pará, Roraima, Maranhão, Tocantins e Alagoas apresentam tendência de queda nas duas análises. Quando se concentra nas capitais, a pesquisa mostra que há nove com tendência de queda no longo prazo. Florianópolis registra sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo e moderado na de curto prazo. Já Porto Alegre e Rio de Janeiro apresentam sinal moderado de crescimento tanto no curto quanto no longo prazo. Há indicativos de estabilização nas tendências de longo e curto prazo em Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Plano Piloto de Brasília e arredores (DF), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Recife (PE) e Vitória (ES).
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