Estamos frente a uma greve negligenciada pelo conjunto da esquerda e da CUT; os governadores apoiaram a reforma, o que esvazia de conteúdo a greve desta sexta feira.
Por Maria Fernanda Arruda - do Rio de Janeiro
As mensagens do hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol sujam a credibilidade da Operação Lava Jato. Elas mudaram o eixo do debate nacional em torno da reforma da Previdência e da greve.
Apesar disso, nós estamos focados na Greve Geral. E no comportamento dos partidos em torno a um acordo nacional para viabilizar os ataques aos trabalhadores. Na véspera, todos os governadores junto com Bolsonaro e Rodrigo Maia aprovaram a reforma, isto inclui os governadores do PT e do PC do B.
Se acompanharmos as páginas dos partidos, o PT dedica um artigo em terceiro nível de relevância ao tema da greve. Em seu site e na página do facebook, o PT não menciona o fato de os governadores petistas terem aprovado a reforma e apresenta um discurso no qual, de forma genérica, Carmen Foro, presidenta da CUT, chama todo mundo a parar o Brasil no dia 14 de junho contra o retrocesso e a favor dos direitos do povo.
O PSOL, em seu site não faz menção à greve e, na sua pagina, comenta numa mínima publicação os escândalos e a greve de forma discreta.
O PDT do Ciro, no seu site, não faz referencia à greve e, na sua página no facebook, numa publicação apenas, diz que precisamos reagir chamando para o dia 14.
Conclusão
Estamos frente a uma greve negligenciada pelo conjunto da esquerda e da CUT; os governadores apoiaram a reforma, o que esvazia de conteúdo a greve desta sexta feira.
Temos que chamar os estudantes, que saíram às ruas; ao movimento das mulheres, aos trabalhadores da cidade e do campo a derrubar a reforma da previdência e exigir a saída de Moro; Guedes e Bolsonaro do planalto.
Greve Geral nesta sexta-feira - Dia 14 - Contra a Reforma da Previdência.
#ForaBolsonaro.
Maria Fernanda Arrudaé escritora e articulista, noCorreio do Brasil.
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