Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

ONU lamenta retomada ‘catastrófica’ dos confrontos em Gaza

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Sexta, 01 de Dezembro de 2023 às 11:49, por: CdB

Aviões de guerra israelenses retomaram os bombardeios em Gaza, fazendo com que os civis palestinos fugissem em busca de abrigo, após o colapso da trégua de uma semana que acabou sem nenhum acordo para prorrogá-la.


Por Redação, com Reuters - de Gaza


A Organização das Nações Unidas (ONU) lamentou a retomada das operações militares em Gaza, descrevendo as hostilidades como "catastróficas" e pedindo às partes que garantam a manutenção de um cessar-fogo duradouro.




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Organização pede às duas partes um cessar-fogo duradouro

Aviões de guerra israelenses retomaram os bombardeios em Gaza, fazendo com que os civis palestinos fugissem em busca de abrigo, após o colapso da trégua de uma semana que acabou sem nenhum acordo para prorrogá-la.


– A retomada das hostilidades em Gaza é catastrófica – disse Volker Turk, alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.


– Peço a todas as partes e aos Estados com influência sobre elas que redobrem os esforços imediatamente, para garantir um cessar-fogo por motivos humanitários e de direitos humanos.


Em post na plataforma X, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que lamenta a retomada das hostilidades e espera que uma nova pausa possa ser estabelecida.


– O retorno às hostilidades só mostra como é importante ter um verdadeiro cessar-fogo humanitário – afirmou.


Apelando por pausa duradoura nos combates, o Unicef descreveu a inércia em Gaza como aprovação da matança de crianças.


– Um cessar-fogo duradouro precisa ser implementado – disse James Elder, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), aos repórteres por meio de um link de vídeo de Gaza.


– A inação, em sua essência, é uma aprovação da matança de crianças. É imprudente pensar que mais ataques contra o povo de Gaza levarão a algo diferente de carnificina.



Guerra recomeça


Sirenes de foguetes soaram no Sul de Israel nesta sexta-feira, quando a guerra recomeçou depois que uma trégua de uma semana acabou sem nenhum acordo para prorrogá-la.


Quando o prazo expirou, jornalistas da Reuters em Khan Younis, no sul de Gaza, viram áreas do leste sob intenso bombardeio, enviando colunas de fumaça para o céu. Os moradores saíram às ruas em busca de abrigo.


No norte do enclave, a principal área de guerra durante semanas, enormes nuvens de fumaça subiram acima das ruínas, vistas do outro lado da cerca em Israel.


Apenas duas horas após o término da trégua, autoridades de saúde de Gaza informaram que 35 pessoas já haviam sido mortas e dezenas ficaram feridas em ataques aéreos que atingiram pelo menos oito casas.


Médicos e testemunhas disseram que os bombardeios foram mais intensos em Khan Younis e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e também atingiram casas nas áreas central e norte.


"Com a retomada dos combates, enfatizamos: o governo israelense está empenhado em atingir os objetivos da guerra, libertar nossos reféns, eliminar o Hamas e garantir que Gaza nunca mais represente ameaça para os moradores de Israel", disse o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.


O Hamas afirmou que Israel é responsável pelo fim da trégua, por ter rejeitado os termos para libertar mais reféns e estendê-la.




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