Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

ONG acusa Israel de usar fome como arma de guerra

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Segunda, 18 de Dezembro de 2023 às 11:13, por: CdB

Após meses de intensos bombardeios e combates, a maior parte da população da Faixa de Gaza foi deslocada e sofre com a escassez de alimentos, água, combustível e medicamentos.


Por Redação, com CartaCapital - de Gaza


A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou nesta segunda-feira o governo israelense de submeter intencionalmente a população civil de Gaza à fome como parte de sua ofensiva no assediado território palestino.




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As forças israelenses bloqueiam deliberadamente o fornecimento de água, alimentos e combustível, impedindo intencionalmente a ajuda humanitária

“O governo israelense utiliza a inanição de civis como método de guerra na Faixa de Gaza ocupada, o que constitui um crime de guerra”, denunciou em um relatório o grupo com sede em Nova York.


“As forças israelenses bloqueiam deliberadamente o fornecimento de água, alimentos e combustível, impedindo intencionalmente a ajuda humanitária, arrasando aparentemente zonas agrícolas e privando a população civil de objetos indispensáveis para sua sobrevivência”, afirmou.


O governo israelense respondeu à HRW, acusando-a de ser uma “organização antissemita e anti-israelense”.


“Human Rights Watch (…) não condenou o ataque contra cidadãos israelenses e o massacre de 7 de outubro, e não tem base moral para falar sobre o que ocorre em Gaza se faz vista grossa para o sofrimento e direitos humanos dos israelenses”, declarou à agência francesa de notícias AFP Lior Haiat, porta-voz da chancelaria.



Gaza


A guerra em Gaza foi desencadeada pelo sangrento ataque do Hamas em 7 de outubro, quando o movimento islamista matou a 1.139 pessoas em Israel, em sua maioria civis, e sequestrou quase 250, segundo as autoridades.


O Ministério da Saúde do Hamas, que governa o território palestino, afirma que mais de 18, 8 mil pessoas, em sua maioria mulheres e menores de 18 anos, morreram na ofensiva de Israel.


Após meses de intensos bombardeios e combates, a maior parte da população da Faixa de Gaza foi deslocada e sofre com a escassez de alimentos, água, combustível e medicamentos.


Israel aprovou na sexta-feira a entrega “temporária” de ajuda através de sua passagem fronteiriça de Kerem Shalom. Um primeiro comboio entrou no domingo, indicou um funcionário do Crescente Vermelho egípcio, sob anonimato.



Exército israelense diz ter descoberto ‘o maior túnel’ subterrâneo em Gaza


O Exército israelense afirmou, no domingo, ter descoberto “o maior túnel” subterrâneo construído pelo Hamas na Faixa de Gaza e que termina a poucas centenas de metros do território de Israel.


Um fotógrafo da AFP foi autorizado a entrar no túnel e comprovar que tem tamanho suficiente para a passagem de veículos em seu interior.


“Esta enorme rede de túneis, que se divide em vários segmentos, tem uma extensão de mais de quatro quilômetros e chega a até 400 metros do ponto de passagem de Erez”, entre Israel e o norte de Gaza, indicaram as Forças Armadas de Israel em um comunicado.


O túnel está equipado com tubulações, eletricidade, sistemas de esgoto, ventilação e ferroviários.


Segundo o Exército israelense, sua construção custou vários milhões de dólares e foram encontradas armas em seu interior.


O movimento islamista palestino construiu uma série de túneis em Gaza para contornar o bloqueio estabelecido por Israel desde 2007, quando o Hamas começou a governar o território palestino.


Os ataques do grupo islamista em 7 de outubro causaram a morte de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, enquanto a ofensiva em resposta promovida por Israel matou 18,8 mil palestinos em Gaza, a maioria mulheres e menores de idade, segundo dados das respectivas autoridades.




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