Após os resultados individuais serem liberados na sexta-feira, diversos participantes relataram em redes sociais que suas notas poderiam estar equivocadas. Cerca de 4 milhões de estudantes participaram do exame em 2019.
Por Redação - de Brasília e São Paulo
Ministro da Educação, o empresário Abraham Weintraub admitiu, neste sábado, que algumas notas do Enem foram divulgadas com erros. Em um vídeo divulgado no início da tarde, ele afirmou que o MEC encontrou “inconsistências na contabilização e correção da segunda prova”.
Após os resultados individuais serem liberados na sexta-feira, diversos participantes relataram em redes sociais que suas notas poderiam estar equivocadas. Cerca de 4 milhões de estudantes participaram do exame em 2019.
Segundo Weintraub, os erros atingiram “um número de candidatos pequeno” e que tiveram “o gabarito trocado quando foi fechado os envelopes”. A correção do problema deve ocorrer até segunda-feira, diz ele.
Em entrevista coletiva, após o incidente, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Alexandre Lopes, disse que até 30 mil candidatos podem ter sido afetados. Trata-se do equivalente a quase 1% dos inscritos. Segundo Lopes, o problema foi causado por uma falha da gráfica responsável pela impressão e transmissão dos dados dos gabaritos ao Inep.
Protestos
Diante dos fatos, a União Nacional dos Estudantes (UNE) classificou de “uma irresponsabilidade” a manifestação do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O ministro teria buscado minimizar o problema, dizendo que uma parcela “muito pequena” dos estudantes foi prejudicada, protestou a UNE, em nota.
“É uma irresponsabilidade o ministro afirmar que são problemas isolados. Isso é muito grave e já identificamos centenas de estudantes com discrepâncias muito grandes nas notas. É preciso investigar com precisão e levar a sério esse erro”, pontuou a UNE, em uma rede social.
O presidente da entidade que representa os estudantes, Lago Montalvão, manifestou-se contra a falta de qualidade da gestão do Inep no governo Bolsonaro.
— Importante lembrar que só em 2019 o presidente do Inep foi trocado três vezes pelo ministro da Educação, e com ele outros membros da equipe. Por mais que eles tentem esconder, é inegável que isso impacta na condução do Enem, que é complexo e importante. Que haja investigação — afirmou, a jornalistas.