Mais de mil cidades estão em situação de seca, diz estudo

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Publicado quarta-feira, 24 de julho de 2024 as 11:55, por: CdB

Segundo o Cemaden, 918 municípios do país viviam em seca severa no mês passado. Somado ao montante, outros 106 estava classificados como em situação de “seca extrema”. Em julho, o total de cidades classificadas é de 1.095.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

No Brasil, mais de mil cidades vivem sob seca severa ou extrema. Os efeitos das mudanças climáticas levam à falta de chuvas, o que faz com que, atualmente, mais da metade das cidades do País estejam em alerta.


Com a seca extrema, embarcações ficam atoladas na margem do rio Solimões, em frente ao porto de Tabatinga (AM)

Os dados são do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão do governo federal que monitora o tema e que divulgou, na terça-feira 22, um boletim sobre o quadro de secas e inundações no país.

Segundo o Cemaden, 918 municípios do país viviam em seca severa no mês passado. Somado ao montante, outros 106 estava classificados como em situação de “seca extrema”. Em julho, o total de cidades classificadas é de 1.095.

Os números não apenas são altos, mas também crescentes. No mesmo período do ano passado, apenas 45 cidades do país estavam nessas condições.

A situação afeta praticamente todas as regiões do país, mas as consequências são mais intensas nos seguintes estados: Amazonas, Acre, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

Como consequência da seca generalizada, os registros de focos de queimada atingiram um pico no país, em 2024. Até o ano passado, por exemplo, eram cerca de 20 mil casos anuais. Neste ano, que ainda tem cinco meses restantes, já são mais de 33 mil.

Seca no Amazonas já afeta 10 mil pessoas

A estiagem este ano no Amazonas pode ser tão ou mais severa que no ano passado. O alerta foi emitido pelo governo estadual, que espera a maior seca da história do Amazonas.

Até o momento, 20 das 62 cidades do estado já estão em situação de emergência.

A Defesa Civil informou que os níveis dos rios no Amazonas estão abaixo do esperado para o período em todas as calhas.

Em Manaus, o Rio Negro desceu cerca de 54 centímetros, somente no mês de julho. As águas alcançavam 26,79 metros no início do mês. Entre quarta-feira 17 e quinta, houve redução de seis centímetros.

Dez mil pessoas já foram afetadas pelo fenômeno, que também tem isolado comunidades, encalhado embarcações e causado problemas de abastecimento de insumos no município.

No último dia 5, o governo de Wilson Lima (União) instaurou um Comitê de Enfrentamento à estiagem, composto por 33 secretarias e órgãos do governo.

Em paralelo, foi instituído um Comitê Técnico-Científico, formado por 10 especialistas responsáveis por assessorar a gestão pública na tomada de decisões.

O governo deverá voltar esforços para garantir o abastecimento de água potável, insumos e medicamentos às comunidades.

Além disso, outras medidas devem proteger a produção rural, adequar a logística da rede estadual de ensino e garantir o alcance das ajudas humanitárias.

Veja a lista de cidades do Amazonas em situação de emergência por estiagem:

Guajará

Ipixuna

Envira

Itamarati

Eirunepé

Carauari

Juruá

Pauini

Lábrea

Tapauá

Beruri

Canutama

Boca do Acre

Atalaia do Norte

Benjamin Constant

Tabatinga

São Paulo de Olivença

Amaturá

Santo Antônio do Içá

Tonantins

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