Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Livre de acusações, Tacla Duran presta depoimento sobre Moro

Arquivado em:
Segunda, 27 de Março de 2023 às 13:12, por: CdB

Lewandowski determinou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, a mesma onde ocorre o depoimento, seja informada com urgência da decisão. E ordenou que mais informações sobre o processo sejam fornecidas no prazo de 10 dias.


Por Redação - de Brasília

Por uma determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), estão suspensas todas as ações penaios contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, que presta depoimento nesta segunda-feira sobre acusações severas contra o ex-juiz suspeito e incompetente Sérgio Moro (UB-PR), que hoje ocupa uma vaga no Senado.

tacla-duran.jpg
O advogado Tacla Duran afirma possuir provas suficientes para desmascarar o ex-juiz Sérgio Moro


Lewandowski determinou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, a mesma onde ocorre o depoimento, seja informada com urgência da decisão. E ordenou que mais informações sobre o processo sejam fornecidas no prazo de 10 dias.

Na prática, a determinação de Lewandowski trava qualquer investigação ou tentativa de coação contra o advogado, que acusa o ex-juiz e atual senador Sergio Moro de fazer da ‘Operação Lava Jato’, um autêntico balcão de negócios.

Assim, o depoimento de Tacla Duran ao novo juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, se dará com o advogado na condição de testemunha, uma vez que a ação penal contra ele está suspensa até ordem ao contrário do ministro.

Falências


Duran afirma que foi procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosângela Moro, mulher do ex-juiz, para pagar por um acordo de delação que lhe fosse favorável. Existe a expectativa de que ele apresente provas de que pagou US$ 613 mil ao advogado ligado a Moro para não ser preso.

Na véspera, o influenciador digital Thiago dos Reis divulgou o documento de transferência bancária para a conta de Marlus Arns. O advogado foi parceiro de Rosângela em ações da Federação da Apae no Paraná, e também na defesa da família Simão, um caso que ficou conhecido como "máfia das falências”.

Após divulgar o documento de transferência bancária, Thiago dos Reis divulgou ainda, nesta segunda-feira, uma imagem da troca de mensagens entre Duran e o advogado Carlos Zucolotto Júnior, ex-sócio de Rosângela. A imagem reforça as suspeitas de que Moro e a Lava Jato vendiam sentenças aos réus nos processos.

Extorsão


Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, foi preso preventivamente na Lava Jato em 2016. Seis meses antes, ele tinha sido procurado por Zucolotto, que também era à época sócio da mulher de Moro. Em conversa pelo aplicativo Wickr Me, Zucolotto ofereceu acordo de colaboração premiada, que seria fechado com a concordância de "DD" (iniciais do ex-procurador da República Deltan Dallagnol). Em troca, queria US$ 5 milhões. Zucolotto teria dito que os pagamentos deveriam ser feitos "por fora".

Na conversa divulgada nesta segunda-feira por Thiago dos Reis, Zucolotto cobra um pagamento de Duran para converter sua prisão em domiciliar e reduzir um terço da multa que teria que pagar.

"Foto tirada do celular de Tacla Duran mostra a extorsão feita pelo padrinho de casamento de Moro. Para evitar ser preso (regime fechado) e ser multado em US$ 15 milhões, ele teria de pagar 1/3 (R$ 5 milhões) a um advogado, cujo escritório fica no mesmo endereço do escritório de Rosângela Moro.Ele pagou a primeira parte da propina e fugiu para a Espanha. Tic Tac, é hoje!", afirmou Reis.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo