Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Israel mata 67 palestinos para libertar dois reféns do Hamas

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Segunda, 12 de Fevereiro de 2024 às 14:33, por: CdB

Uma operação conjunta de militares israelenses, do serviço de segurança doméstico Shin Bet e da Unidade Especial de Polícia em Rafah libertou Fernando Simon Marman, 60, e Louis Hare, 70, disseram os militares.


Por Redação, com agências internacionais - de Rafah, Palestina

O exército israelense matou 67 palestinos, em uma série de ataques nesta segunda-feira, para libertar dois reféns israelense-argentinos, segundo autoridades de saúde locais. Os bombardeios aéreos também deixaram dezenas de feridos na cidade do sul de Gaza, último refúgio para cerca de 1 milhão de civis deslocados.

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As crianças são as maiores vítimas da guerra entre Israel e a Palestina


Uma operação conjunta de militares israelenses, do serviço de segurança doméstico Shin Bet e da Unidade Especial de Polícia em Rafah libertou Fernando Simon Marman, 60, e Louis Hare, 70, disseram os militares. Eles estavam entre as 250 pessoas raptadas durante o ataque de 7 de outubro por militantes do Hamas que desencadeou a guerra de Israel em Gaza.

Mais de quatro meses depois, grande parte da faixa de terra densamente povoada no Mediterrâneo está em ruínas, com 28.340 palestinos mortos e 67.984 feridos, segundo autoridades de saúde de Gaza, que afirmam que muitos outros estão soterrados sob os escombros.

 

Pressão


Os militares israelenses dizem que 31 reféns morreram desde então, mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o resgate desta segunda-feira mostrou que a pressão militar deve continuar, descartando a apreensão internacional face aos seus planos de um ataque terrestre a Rafah.

— Fernando e Louis, bem-vindos ao lar. Só a pressão militar contínua, até à vitória total, levará a libertação de todos os nossos reféns — disse ele, saudando as forças israelenses que os resgataram.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que 67 pessoas morreram durante a noite e que o número pode aumentar à medida que as operações de resgate estiverem em andamento. Um jornalista da agência inglesa de notícias Reuters presente no local viu uma vasta área de escombros onde edifícios, incluindo uma mesquita, tinham sido destruídos.

— Por que você matou minha família enquanto eles dormiam? Eles são crianças. Estou coletando partes dos corpos da minha família desde a manhã. Eles estavam em pedaços, não consegui reconhecê-los, só reconheci os dedos das mãos ou dos pés — desabafou Ibrahim Hassouna enquanto uma mulher se ajoelhava sobre o corpo de uma criança próxima.

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