Morte de líder da Jihad Islâmica em ataque aéreo gera forte reação e agrava onda de violência na região. Hamas evita se envolver no conflito, enquanto ainda lida com os danos e a pobreza deixados pela guerra.
Por Redação, com DW - de Jerusalém
Caças israelenses bombardearam alvos em Gaza na manhã deste sábado, após o acirramento das tensões na região gerado por ataques aéreos que mataram ao menos 11 pessoas, incluindo o líder da milícia Jihad Islâmica. Militantes palestinos reagiram com o lançamento de vários projéteis contra o sul do território de Israel. Os combates continuaram durante a noite, o que gerou temores sobre o início de uma nova guerra entre os dois lados. A mais recente onda de violência em Gaza teve início com a morte de Taisir al-Jabari, líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia, durante operações israelenses na região que já duram um mês. No início da semana, Israel bloqueou estradas em Gaza e enviou reforços às fronteiras com o território. Jabari liderava a Jihad Islâmica desde a morte de seu antecessor em 2019, em outro ataque aéreo de Israel, que também resultou em uma onda de conflito. Centenas de pessoas tomaram parte na procissão do funeral do líder islamista e das demais vítimas dos bombardeios, entre as quais também estava uma menina de cinco anos de idade. Um porta-voz do Exército israelense disse os ataques que mataram Jabari ocorreram em resposta a "ameaças iminentes" de dois esquadrões de militantes armados com mísseis antitanque. Segundo afirmou, ele foi designado como alvo por ter sido responsável por "múltiplos ataques" a Israel. Autoridades israelenses relataram que em torno de 190 projéteis foram lançados contra Israel nas últimas horas, na grande maioria, sendo interceptados pelo sistema de defesa Domo de Ferro ou atingindo locais inóspitos. Sirenes de alerta soaram em vários subúrbios de Tel Aviv na sexta-feira. A ataques israelenses a alvos terroristas continuaram ainda na manhã deste sábado. A Defesa de Israel disse estar preparada para uma semana de novas operações contra militantes palestinos.