Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Irã pedirá ajuda do Japão contra sanções dos EUA sobre petróleo

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Quarta, 12 de Junho de 2019 às 10:52, por: CdB

Abe, o primeiro líder japonês a visitar o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979, chega a Teerã no momento em que um confronto em ebulição entre o Irã e os EUA provoca o temor de outro conflito militar no Oriente Médio.

Por Redação, com Reuters - de Dubai

O Irã pedirá que o Japão seja um mediador entre os governos de Teerã e Washington para suavizar as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o petróleo iraniano, disseram autoridades iranianas antes de uma visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
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Chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, recebe chanceler japonês, Taro Kono, em Teerã
Abe, o primeiro líder japonês a visitar o Irã desde a Revolução Islâmica de 1979, chega a Teerã no momento em que um confronto em ebulição entre o Irã e os EUA provoca o temor de outro conflito militar no Oriente Médio. – O Japão pode ajudar a amenizar a tensão atual entre o Irã e a América... como gesto de boa vontade, a América deveria ou anular as sanções injustas ao petróleo ou prorrogar as dispensas ou suspendê-las – disse um funcionário iraniano de alto escalão à agência inglesa de notícias Reuters. Durante uma visita de quatro dias ao Japão no mês passado, Trump acolheu a ajuda de Abe para lidar com o Irã, ressaltando o que chamou de “relacionamento ótimo” entre Tóquio e Teerã.

EUA

Como aliado dos EUA que também tem boas relações diplomáticas com o Irã, o Japão poderia estar em uma posição única como mediador entre a República Islâmica e Washington. “O senhor Abe pode ser um ótimo mediador para facilitar isso (a suspensão das sanções ao petróleo)... o Japão sempre respeitou o Irã, e o senhor Abe pode desempenhar um papel muito construtivo para acalmar a tensão atual, que pode prejudicar a região (Oriente Médio)”, disse outra autoridade iraniana, que pediu para não ser identificada. As tensões entre Washington e Teerã aumentaram consideravelmente nas últimas semanas um ano depois de os EUA abandonarem um acordo firmado entre o Irã e potências mundiais para limitar o programa nuclear de Teerã em troca da suspensão de sanções. Washington, que considera o acordo nuclear falho e pressiona o Irã a voltar a negociar, reforçou as sanções no início de maio, ordenando que todas as nações e empresas parem de importar petróleo iraniano para não serem banidas do sistema financeiro global.

Forças armadas

O país também enviou forças armadas adicionais à região para se contrapor ao que descreve como ameaças iranianas. Em maio, o Irã ameaçou retomar em 60 dias o enriquecimento de urânio acima da pureza físsil baixa – adequada para a geração de energia nuclear civil – permitida pelo acordo a menos que outras potências se empenhem em encontrar uma maneira de proteger seu petróleo e suas indústrias bancárias dos EUA. Signatários europeus do pacto prometeram ajudar o Irã a encontrar outras maneiras de fazer negócios, mas até agora sem sucesso. Todas as grandes empresas europeias que haviam anunciados planos de investir no Irã os cancelaram desde então por medo da punição norte-americana. Abe deve conversar com o presidente iraniano, Hassan Rouhani, na tarde desta quarta-feira e se encontrar com o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, na quinta-feira.
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