Rio de Janeiro, 23 de Janeiro de 2025

Irã é expulso de grupo de mulheres da ONU

Arquivado em:
Quinta, 15 de Dezembro de 2022 às 08:15, por: CdB

Os governantes clericais do Irã enfrentam desde setembro os maiores protestos em anos, depois que a iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, morreu sob custódia da polícia da moralidade, que impõe códigos de vestimenta rígidos no país. 

Por Redação, com Reuters - de Washington

O Irã foi expulso de um grupo de mulheres da Organização das Nações Unidas (ONU), na quarta-feira, por conta de políticas contrárias aos direitos de mulheres e meninas, uma medida proposta pelos Estados Unidos após a repressão de Teerã a protestos pela morte de uma jovem sob custódia policial.

iragrupoonu.jpeg
Irã é expulso de grupo de mulheres da ONU após campanha dos EUA

O Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc), de 54 membros, adotou uma resolução elaborada pelos EUA para "remover com efeito imediato a República Islâmica do Irã da Comissão sobre o Status da Mulher (CSW) pelo restante de seu mandato, entre 2022-2026."

Foram 29 votos a favor, oito contra, incluindo Rússia e China, e 16 abstenções.

– Esta é uma vitória para os revolucionários iranianos que têm enfrentado armas e balas enquanto lutam contra esse estado de apartheid de gênero – escreveu no Twitter a jornalista iraniana e ativista pelos direitos das mulheres Masih Alinejad, que vive nos Estados Unidos.

Os governantes clericais do Irã enfrentam desde setembro os maiores protestos em anos, depois que a iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, morreu sob custódia da polícia da moralidade, que impõe códigos de vestimenta rígidos no país. 

Estados Unidos e ONU

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que remover o Irã era a coisa certa a fazer. A comissão de 45 membros se reúne anualmente em março e visa promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

– É extremamente importante para as mulheres do Irã – disse Thomas-Greenfield à Reuters após a votação. "Elas receberam uma forte mensagem das Nações Unidas, de que os apoiaremos e condenaremos o Irã e não os deixaremos sentar na Comissão para o Estatuto da Mulher e continuar atacando mulheres em seu próprio país".

Thomas-Greenfield disse que a votação foi sem precedentes e "não vamos estabelecer limites, vamos continuar a pressionar pelos direitos humanos onde quer que estejam sendo violados. Este é um valor fundamental para nós".

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo