Via fluvial, que vai dos Alpes Suíços ao Mar do Norte e é uma das mais trafegadas do mundo, apresenta recordes negativos de profundidade. Sobretudo os centros industriais da Alemanha dependem do Reno para transportes.
Por Redação, com DW - de Berlim
Líderes da indústria alemã estão soando o alarme devido à queda do nível das águas do rio Reno e seus efeitos sobre a navegação comercial. – É só uma questão de tempo até as fábricas do setor químico ou siderúrgico terem que fechar. Óleos minerais e materiais de construção não chegam a seu destino, e transportes de grande volume e pesados não podem mais ser realizados – relatou Holger Lösch, vice-diretor-gerente da Federação da Indústria Alemã (BDI). À medida que partes da importante via fluvial alcançam recordes negativos no nível de água, as consequências podem ser gargalos de abastecimento, redução da produção ou fechamentos, implicando dispensa de pessoal. Remanejar o transporte de bens por caminhão ou trem pode resultar em outras dificuldades, devido às limitações da rede ferroviária e à escassez de motoristas. – O período prolongado de seca e os baixos níveis d'água estão ameaçando a segurança do abastecimento para a indústria. A já tensa situação econômica das companhias está piorando – afirmou Lösch. Na terça-feira, o nível do Reno num dos pontos de aferimento mais importantes, na cidade de Emmerich, perto da fronteira holandesa, havia caído quatro centímetros em apenas 24 horas. Segundo a Direção Geral para Vias Aquáticas e Navegação (GDWS) da Alemanha, a mínima anterior foi em outubro de 2018.