Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Francisco termina viagem pelo Cazaquistão e crítico conservador se manifesta

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Quinta, 15 de Setembro de 2022 às 10:53, por: CdB

O principal motivo da visita do papa foi para discursar no Sétimo Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais, um encontro que reúne cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, hindus e muitas outras religiões, em sua maioria menores.

Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano

O papa Francisco encerrou uma viagem ao Cazaquistão nesta quinta-feira, quando um de seus críticos mais francos questionou abertamente o valor de grandes encontros de fé, como a que o pontífice participou, chamando-as de "um supermercado de religiões" que diminuíram o status da Igreja Católica.
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O papa Francisco encerrou uma viagem ao Cazaquistão
No último dia de sua visita de três dias, Francisco presidiu uma reunião de bispos, padres e freiras na catedral da capital cazaque. Na plateia, estava o bispo local Athanasius Schneider, um arquiconservador que muitas vezes criticou incisivamente o papa progressista em uma série de questões. O principal motivo da visita do papa foi para discursar no Sétimo Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais, um encontro que reúne cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, hindus e muitas outras religiões, em sua maioria menores. Ao elogiar a capacidade do congresso de "promover o respeito mútuo no mundo", Schneider, de 61 anos, disse acreditar que há o "perigo" de colocar o catolicismo no mesmo plano de outras religiões. – Pode dar a impressão de um supermercado de religiões, e isso não é correto, porque só existe uma religião verdadeira, que é a Igreja Católica fundada pelo próprio Deus – disse Schneider a repórteres na catedral.

Conservadores

Conservadores como Schneider criticam alguns aspectos do Concílio Vaticano II entre 1962 e 1965, que pediu diálogo com outras religiões. Eles também dizem que os católicos devem fazer proselitismo ativamente para converter outros ao catolicismo e se opor à insistência de Francisco de que os potenciais convertidos devem ser atraídos à fé por nada mais do que o exemplo dos cristãos. Ele também defendeu seu direito de criticar o papa publicamente, chamando-o de dever fraterno que é útil para toda a Igreja de 1,3 bilhão de membros.
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