Estudante é morta por golpes de cassetete em protesto no Irã

Arquivado em: Manchete, Mundo, Últimas Notícias
Publicado segunda-feira, 7 de novembro de 2022 as 10:58, por: CdB

Os manifestantes ainda acusaram Teerã de ter forçado um sepultamento rápido da estudante e de ter obrigado o pai da jovem a dizer que ela morreu por “uma doença” ou uma “intoxicação”.

Por Redação, com ANSA – de Teerã

Um doutoranda em filosofia de 35 anos chamada Nasrin Ghadri foi morta pelas forças de segurança do Irã com golpes de cassetete durante um protesto por mais direitos das mulheres na cidade de Marivan, na província do Curdistão.

Caso de Ghadri lembra o de Mahsa Amini, que foi morta em setembro deste ano

Ghadri foi agredida durante os protestos da última sexta-feira e faleceu em um hospital no sábado. Desde então, moradores locais estão fazendo intensos protestos contra o governo iraniano e a repressão às mulheres.

Nas redes sociais, é possível ver homens e mulheres nas ruas gritando “morte a Khamenei”, referindo-se ao guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e o bloqueio de várias vias da cidade. Novamente, a repressão dos agentes foi intensa, com diversas pessoas ficando feridas.

Os manifestantes ainda acusaram Teerã de ter forçado um sepultamento rápido da estudante e de ter obrigado o pai da jovem a dizer que ela morreu por “uma doença” ou uma “intoxicação”.

Véu islâmico

O caso de Ghadri lembra o de Mahsa Amini, 22 anos, que foi morta pela chamada “polícia da moral e dos bons costumes” por não usar corretamente o véu islâmico em setembro deste ano.

Desde seu falecimento, que o governo de Teerã também diz ter sido provocado por “uma doença”, protestos se espalharam por todo o país pedindo justiça para Ahmini e maior liberdade para as mulheres – que precisam seguir um código rígido de vestimenta criado após a Revolução Islâmica de 1979.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *