A proposta não tem chances realistas de sucesso, já que os dois principais executivos da Alphabet, Larry Page e Sergey Brin, detêm 51,3% dos votos dos acionistas.
Por Redação, com Reuters - de São Francisco/Pequim
Acionistas ativistas querem que a empresa mãe do Google, a Alphabet, se desmembre antes que os reguladores obriguem a companhia a se dividir em diferentes partes.
Acionistas ativistas querem que a empresa mãe do Google, a Alphabet, se desmembre antes que os reguladores obriguem a companhia a se dividir em diferentes partes
O SumOfUs, um grupo norte-americano que visa conter o crescente poder das corporações, deve fazer essa proposta na reunião anual de acionistas da Alphabet, nos escritórios da empresa em Sunnyvale, no Estado norte-americano da Califórnia.
“As autoridades dos EUA e da UE continuam preocupadas com o poder de mercado da Alphabet devido às restrições impostas aos monopólios”, diz a proposta. “Acreditamos que os acionistas poderiam receber maior valor de uma redução estratégica voluntária no tamanho da empresa do que de vendas de ativos compelidas por reguladores.”
A proposta não tem chances realistas de sucesso, já que os dois principais executivos da Alphabet, Larry Page e Sergey Brin, detêm 51,3% dos votos dos acionistas.
No entanto, isso mostra um foco crescente na perspectiva de ações antitruste contra a Alphabet e outras grandes empresas de tecnologia, como Facebook e Amazon, que enfrentam uma reação política e pública sobre questões de privacidade e o poder que elas agora exercem sobre a circulação de informações no mundo.
A proposta
A proposta de desmembramento é uma das 13 na pauta de reunião desta quarta-feira da Alphabet. Um grupo de funcionários do Google está apoiando cinco das propostas, que ajudou a criar, mas não a proposta de dividir a empresa.
Embora nenhuma das propostas deve ser aprovada, o Google pode responder a questões levantadas. A empresa parou de trabalhar em um mecanismo de busca chinês que foi censurado por Pequim e proibiu o uso de suas ferramentas de inteligência artificial para armas após petições de funcionários e ativistas externos.
– Começamos como uma voz no deserto em algumas dessas questões, mas o assunto veio mais à tona – disse Sondhya Gupta, gerente de campanha do SumOfUs.
Moradias
O Google, da Alphabet, anunciou na terça-feira um investimento adicional de US$ 1 bilhão em moradias em toda a área da baía de São Francisco.
O Google disse que nos próximos 10 anos mudará o propósito de pelo menos US$ 750 milhões de suas terras, a maioria das quais atualmente é zoneada para escritórios ou espaços comerciais, para se tornarem residências.
– Isso nos permitirá apoiar o desenvolvimento de pelo menos 15 mil novas casas em todos os níveis de renda na área da baía, incluindo opções de moradia para famílias de baixa e média renda – disse o Google em um post em seu blog.
Alibaba
O Alibaba revelou na terça-feira a mais importante reforma de seus negócios desde que o co-fundador Jack Ma anunciou sua aposentadoria, já que a empresa de e-commerce procura reforçar seu foco em investimento enquanto vê o crescimento desacelerar.
A vice-presidente financeira, Maggie Wu, supervisionará a unidade de investimentos estratégicos do Alibaba, assumindo essa responsabilidade do vice-presidente executivo Joe Tsai, que apoiará Wu em seu papel expandido, disse a empresa em sua conta oficial do WeChat.
A mudança ocorre quando o Alibaba investe em novas linhas de negócios, como a computação em nuvem, com o crescimento de seu e-commerce chegando ao pico e o da receita diminuindo.
À agência inglesa de notícias Reuters informou no mês passado que a empresa está considerando levantar até US$ 20 bilhões através de uma listagem em Hong Kong para aumentar os fundos disponíveis para investimento.
A expansão do mandato de Wu visa integrar os investimentos do Alibaba em seu ecossistema geral, disse uma pessoa com conhecimento direto do assunto.
As mudanças foram efetivas a partir de terça-feira, disse o Alibaba.
