A Apple não informou que países vão ajustar os preços. Revendedores na China já começaram a cortar preços do aparelho no início deste mês, depois que a Apple reduziu projeção de vendas para o trimestre encerrado em dezembro.
Por Redação, com Reuters - de Washington
A Apple planeja reduzir o preço de alguns modelos do iPhone pela segunda vez na história de 12 anos do aparelho, fora dos Estados Unidos, para miminizar o impacto da valorização do dólar sobre moedas locais.
A estratégia é uma medida de contornar vendas fracas do iPhone, particularmente em mercados internacionais como a China, onde um aumento de 10 % no dólar no ano passado fez os produtos da Apple, que já tinham preços elevados, ficarem muito mais caros que os de rivais.
O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, revelou o plano na terça-feira depois que a companhia divulgou a primeira queda nas vendas de iPhone durante um quarto trimestre. A companhia apenas reduziu o preço do aparelho uma vez antes, pouco depois de seu lançamento, em 2007.
A Apple não informou que países vão ajustar os preços. Revendedores na China já começaram a cortar preços do aparelho no início deste mês, depois que a Apple reduziu projeção de vendas para o trimestre encerrado em dezembro.
A companhia vende o iPhone XS, lançado em setembro, por US$ 999, o mesmo preço em dólares do predecessor, o iPhone X, de 2017.
Isso funcionou para consumidores norte-americanos, mas em países como China e Turquia, a moeda local caiu muito contra o dólar.
– Decidimos fazer os preços do iPhone voltarem a ser o que eram um ano atrás na expectativa de ajudar as vendas nestas regiões – disse Cook.
A Apple não informou quando ou com que frequência poderá reajustar seus preços por causa de mudanças cambiais.
O vice-presidente financeiro da companhia, Luca Maestri, afirmou que os ajustes de preços podem não ser feitos nos serviços oferecidos pela empresa, que incluem a Apple Music e App Store.
Fraca demanda por iPhone
A Apple anunciou nta terça-feira que as vendas para o segundo trimestre fiscal devem ser mais baixas do que Wall Street esperava, um sinal de que continua a enfrentar fraca demanda por seu iPhone, especialmente na China, o maior mercado de smartphones do mundo.
O presidente-executivo da companhia, Tim Cook, que está em contato regular com o presidente dos EUA, Donald Trump, disse à Reuters que espera que as tensões entre o país e a China tenham diminuído, e que a empresa esteja avaliando seus preços em moeda local na China e em outros mercados internacionais, o que pode impulsionar as vendas.
A Apple disse esperar receita entre US$ 55 bilhões e US$ 59 bilhões no trimestre atual que termina em março, ante estimativa média dos analistas de US$ 58,83 bilhões, segundo dados do IBES da Refinitiv.
Para o trimestre concluído em dezembro, a Apple registrou receita de US$ 84,3 bilhões, um pouco acima da estimativa média dos analistas de US$ 84 bilhões. A Apple alertou no início de janeiro que as vendas do trimestre ficariam abaixo da previsão fornecida em novembro.
A Apple reportou lucro por ação de US$ 4,18 para o trimestre encerrado em dezembro, ante estimativa média de Wall Street de US$ 4,17, segundo dados da Refinitiv.
A empresa disse que a receita de serviços como Apple Music, App Store e outros alcançou US$ 10,8 bilhões, em linha com as estimativas de Wall Street. A margem bruta de serviços atingiu 63%.
Segundo a empresa, agora tem 360 milhões de assinantes para seus próprios serviços e de terceiros e estabeleceu uma meta para expandir essa para 500 milhões até o fim de 2020. Ele disse que a empresa agora tem 1,4 bilhão de dispositivos ativos, aumento de 100 milhões em relação ao ano anterior, e que 900 milhões deles são iPhones.
A receita do iPhone da Apple diminuiu 15 % ano a ano, para US$ 51,9 bilhões. Cook afirmou que a fraqueza econômica da China prejudicou as vendas do iPhone no país.
Ele disse que a Apple está repensando preços do iPhone fora os EUA após em grande parte fixar o preço em dólares norte-americanos, o que tornou os telefones mais caros em moedas locais.