O governante ucraniano disse que já coopera com “muitos países e organizações internacionais para que cada assassino russo receba a punição merecida. Já estabelecemos cooperação com o Tribunal Penal Internacional e vamos aumentá-la”.
Por Redação, com EFE - de Kiev
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu na terça-feira a criação de um tribunal especial para que “todo assassino russo receba a punição merecida” no Tribunal Penal Internacional (TPI).
Em seu habitual discurso noturno, Zelensky lamentou que “os instrumentos jurídicos internacionais disponíveis não são suficientes para a justiça”.
– Mesmo no Tribunal Penal Internacional ainda é impossível levar à justiça os mais altos líderes políticos e militares da Rússia pelo crime de agressão contra nosso Estado, pelo crime principal. O crime que deu origem a todos os outros crimes desta guerra, e não só depois de 24 de fevereiro, mas também a partir de 2014. Foi ali que tudo começou – declarou.
Por isso, afirmou que a Ucrânia pretende “unir a maioria mundial em apoio ao projeto de resolução da Assembleia Geral da ONU sobre o Tribunal Especial”.
Para que haja responsabilização por agressão, acrescentou, “é necessário um Tribunal Especial, além do Tribunal Penal Internacional. E estamos fazendo todo o possível para criar esse tribunal”.
O governante ucraniano disse que já coopera com “muitos países e organizações internacionais para que cada assassino russo receba a punição merecida. Já estabelecemos cooperação com o Tribunal Penal Internacional e vamos aumentá-la”.
O discurso de Zelenska em Londres
Nesse sentido, recordou que o discurso de hoje da primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, perante o Parlamento e o povo da Grã-Bretanha “foi dedicado precisamente a esta tarefa”.
Zelenska pediu à Grã-Bretanha que liderasse “esforços mundiais para estabelecer um Tribunal Especial para o crime de agressão russa contra a Ucrânia e restaurar a justiça”.
Segundo Zelensky, a Ucrânia já tem “forte cooperação” com a Holanda, que está ajudando na criação de uma procuradoria para coletar provas de crimes de guerra, e também está trabalhando com a França “em um trabalho de campo para documentar o mal russo”.
Por outro lado, o governante ucraniano admitiu hoje que a situação na frente de batalha é difícil.
– Apesar das perdas russas extremamente grandes, os ocupantes ainda estão tentando avançar na região de Donetsk, consolidar-se na região de Lugansk, mover-se na região de Kharkiv, e eles estão planejando algo no sul – comentou.
Neste ano, segundo disse, a Rússia perderá 100.000 soldados e “a Ucrânia permanecerá”.
– E o mundo fará todo o possível para garantir que todos os culpados desta guerra criminosa sejam levados à justiça – completou.