De acordo com as regras, o teste positivo para a substância pode render uma suspensão de até quatro anos. No entanto, a pena pode ser reduzida para três meses se o atleta comprovar que o consumo não foi relacionado para melhorar seu desempenho esportivo.
Por Redação, com ANSA - de Roma
A Agência Mundial Antidoping (Wada) anunciou que está avaliando se a maconha permanecerá na lista de substâncias proibidas pela instituição.
Segundo a Wada, uma revisão científica da cannabis será iniciada no próximo ano. Com isso, a substância continuará sendo proibida ao longo de 2022.
Jogos Olímpicos de Tóquio
A iniciativa surgiu na esteira do caso envolvendo a velocista Sha'Carri Richardson, excluída dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, após testar positivo para a substância em junho.
A agência antidopagem contou que a revisão da regra também ocorre "após solicitações de várias partes interessadas".
A exclusão de Richardson das Olimpíadas gerou um grande debate sobre a presença da maconha na lista de substâncias proibidas da Wada. Diversas celebridades, atletas e políticos definiram a regra como desatualizada e desnecessária.
Sebastian Coe, chefe da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), afirmou que "não é irracional" solicitar uma revisão do status da cannabis.
Richardson, de 21 anos, revelou recentemente que usou a maconha para ajudar a lidar com a morte da sua mãe. A velocista recebeu uma suspensão de um mês, pouco tempo depois de vencer os 100m nas seletivas olímpicas dos Estados Unidos, em Oregon.
De acordo com as regras, o teste positivo para a substância pode render uma suspensão de até quatro anos. No entanto, a pena pode ser reduzida para três meses se o atleta comprovar que o consumo não foi relacionado para melhorar seu desempenho esportivo.