Rio de Janeiro, 07 de Abril de 2025

Em visita a Minas Gerais, Lula volta a chamar Bolsonaro de ‘fascista’

O ex-presidente dedicou a maior parte de seu discurso à atual crise econômica. Mas, novamente, não poupou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de críticas diretas pelos prejuízos causados ao povo brasileiro.

Terça, 10 de Maio de 2022 às 11:27, por: CdB

O ex-presidente dedicou a maior parte de seu discurso à atual crise econômica. Mas, novamente, não poupou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de críticas diretas pelos prejuízos causados ao povo brasileiro.

Por Redação - de Belo Horizonte
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu sua agenda de viagens pelo país nesta segunda-feira em um giro por Minas Gerais. O primeiro ato da jornada ‘Vamos Juntos Pelo Brasil’, iniciada após a oficialização da sua pré-candidatura à Presidência da República, em São Paulo foi realizado no Expominas, na capital, Belo Horizonte. O ex-governador Geraldo Alckmin segue em recuperação da covid e participou virtualmente.
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O santinho com os retratos de Lula e Alckmin juntos circulou por Belo Horizonte
O ex-presidente dedicou a maior parte de seu discurso à atual crise econômica. Mas, novamente, não poupou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de críticas diretas pelos prejuízos causados ao povo brasileiro. Também destacou os questionamentos que o presidente insiste em fazer sobre o sistema eleitoral, em sucessivos sinais de que prepara um golpe contra as instituições democráticas.

‘Esgoto’

Lula acusou Bolsonaro de incitar a desconfiança sobre o sistema eleitoral por querer manter-se presidente para manter seu direito a foro privilegiado e evitar problemas que poderá ter na Justiça caso não se mantenha no poder. — A gente tem que falar: Bolsonaro, seus dias estão contados. Não adianta desconfiar das urnas. Você tem medo de perder as eleições e ser preso depois — avisou. O pré-candidato petista voltou a chamar Bolsonaro de “fascista” e que representa “a antidemocracia, o antiamor, a antipaz, a antieducação e o antidesenvolvimento”. Reafirmou ser preciso devolver o fascismo para “o esgoto da história”, e a necessidade de eleger um Congresso que represente os segmentos populares do país. — Não será uma eleição fácil. Mas nós, que pensamos em educação, emprego, aumento salarial e ciência. E que queremos aumentar a qualidade de vida, almoçar, jantar e tomar café todo dia, haveremos de ganhar as eleições — acrescentou.

Aliança

Para isso, disse Lula, será preciso ir para as ruas, bairros e para as fábricas para derrotar as mentiras de Bolsonaro, destacando a importância da militância para vencer as eleições. — Nosso adversário mente sete vezes por dia, é o rei das fake news. Conta mentira todo dia contra o povo — pontuou. Sobre a formação da frente progressista para derrotar Bolsonaro, Lula reafirmou que o movimento se une também em torno de um projeto de nação. — Quero não ser candidato de uma aliança, mas de um movimento. Das pessoas que ficaram desempregadas, dos 19 milhões passando fome (…) dos milhões que estão trabalhando nos aplicativos sem férias, sem seguridade social, sem descanso remunerado — ressaltou. Pesquisa do instituto Datatempo sobre as eleições presidenciais entre eleitores mineiros, divulgada na véspera, mostra que o ex-presidente lidera com 44,4% de intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro tem 29,95%. Na sequência vêm Ciro Gomes (4,55%), André Janones (3,1%) e João Doria (2,75%). Considerando apenas os votos válidos, os eleitores de Minas Gerais elegeriam hoje Lula no primeiro turno, com 51,4%, enquanto Bolsonaro teria 34,7%.
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