Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Venezuela volta a subir o tom contra a diplomacia brasileira

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Terça, 29 de Outubro de 2024 às 19:39, por: CdB

Durante a transmissão do programa, Maduro não poupou o atual ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Segundo mandatário, o chanceler se assustou ao vê-lo no momento em que se despedia de Putin.

Por Redação – de Caracas

Presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro voltou a subir o tom contra a diplomacia brasileira, que impediu o ingresso do país no grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), entre outros. Maduro acusou o Itamaraty de estar vinculado ao Departamento de Estado norte-americano e chamou um diplomata brasileiro de fascista em reação ao veto de Brasília à entrada da Venezuela no BRICS, durante a cúpula do grupo em Kazan, na Rússia, na semana passada.

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi alvo de ataques de Maduro

As declarações, em mais de 40 minutos das 2h30 de seu programa semanal, o ‘Con Maduro Más’, foram dirigidas ao Brasil. À frente de uma tela que exibia o momento em que cumprimentou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o líder venezuelano tentou afastar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da polêmica, qualificada por ele de “facada nas costas”.

 

Assustado

Durante a transmissão do programa, Maduro não poupou o atual ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Segundo mandatário, o chanceler se assustou ao vê-lo no momento em que se despedia de Putin.

— Quando ele se vira, me vê de frente e quase desmaia — afirmou Maduro.

Em meio a risadas da plateia, Maduro descreve o momento.

— Você vetou a Venezuela! – disse em seguida, fazendo uma imitação do chanceler brasileiro negando o veto, assustado.

E não faltaram críticas ao Itamaraty — em suas palavras, “um poder dentro do poder do Brasil, durante anos”.

— É uma chancelaria que conhecemos bem, que sempre conspirou contra a Venezuela. É uma chancelaria muito vinculada ao Departamento de Estado dos Estados Unidos, desde a época do golpe de Estado contra João Goulart, na década de 1960 — concluiu.

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