Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

UNE, com acordo inédito entre tendências, elege Bianca Borges

Bianca Borges, de 25 anos, é eleita presidente da UNE e enfrenta desafios do neoliberalismo entre os jovens, defendendo a educação e a soberania nacional.

Quarta, 23 de Julho de 2025 às 20:50, por: CdB

Bianca Borges reconhece, no entanto, dificuldades diante do que chama de “penetração de ideais do neoliberalismo entre os alunos”.

 

Por Redação – de Brasília

Eleita presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) no domingo, Bianca Borges, de 25 anos, assume a missão de estimular os jovens a incorporar a luta política pelo fim da escala 6×1 e a focar na educação como forma de romper barreiras sociais e econômicas. Outra pauta, segundo afirmou à mídia conservadora, nesta quarta-feira, é defender a soberania nacional mediante as tarifas impostas ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

UNE, com acordo inédito entre tendências, elege Bianca Borges | A estudante Bianca Borges preside a UNE
A estudante Bianca Borges preside a UNE

Borges reconhece, no entanto, dificuldades diante do que chama de “penetração de ideais do neoliberalismo entre os alunos”.

— O desafio é que a extrema-direita, hoje, se apresenta como a saída para os problemas que a gente vive — observou.

Direito

Segundo a estudante, a razão que a levou a concorrer à Presidência da UNE é a crença de a educação ser “sinônimo de dignidade, precisamos defendê-la”.

— A evasão escolar na graduação é mais de 50% e na licenciatura, 60%. Não queremos que nenhum jovem tenha que abandonar o sonho de se formar, e o fim da escala 6×1 irá contemplar muitos estudantes — acrescentou.

Nascida em Itapevi, Bianca viveu em cidades da Grande São Paulo e no povoado de Pimenteiras, em Alagoas. Formada em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente estuda Letras no Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Na USP, Bianca foi diretora geral do Centro Acadêmico XI de Agosto (2019).

A chapa vencedora, com 82% dos votos, traz uma unidade histórica entre os partidos de esquerda com a adesão de coletivos do PSOL ligados aos parlamentares Guilherme Boulos e Érika Hilton lideradas pelo PCdoB, com PT, PSB e PDT.

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