Rio de Janeiro, 08 de Novembro de 2024

Ucrânia foi ferida em sua 'identidade e história', diz Francisco

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Sexta, 18 de Março de 2022 às 10:13, por: CdB

 

Desde o início da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, Francisco já fez diversos apelos em defesa da paz, recusando-se a reproduzir a narrativa russa de que trata-se apenas de uma "operação especial", e não de uma guerra.

Por Redação, com ANSA - da Cidade do Vaticano

O papa Francisco divulgou nesta sexta-feira uma nova mensagem contra a guerra na Ucrânia e disse que o país foi ferido "em sua identidade".
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Papa Francisco durante audiência geral no Vaticano, em 16 de março
– O grito de ajuda comovente de nossos irmãos ucranianos nos incita não apenas a uma séria reflexão, mas a chorar com eles e a nos empenhar por eles, a compartilhar a angústia de um povo ferido em sua identidade, na sua história e em sua tradição – afirmou Bergoglio em uma mensagem ao Conselho das Conferências Episcopais Europeias. – Mais uma vez, a humanidade está ameaçada por um perverso abuso de poder e por interesses particulares, que condenam as pessoas indefesas a sofrer toda forma de violência brutal – acrescentou. Desde o início da invasão russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, Francisco já fez diversos apelos em defesa da paz, recusando-se a reproduzir a narrativa russa de que trata-se apenas de uma "operação especial", e não de uma guerra.

Invasão

Pouco antes da invasão, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um discurso afirmando que a Ucrânia nunca teria sido um Estado independente se não fosse por Vladimir Lênin e que, após o colapso da União Soviética, o país optou por uma "imitação imprudente de modelos estrangeiros" que nada teriam a ver com sua história. Em sua mensagem para os bispos europeus, o Papa ainda afirmou que a guerra "é um fracasso da política e da humanidade, um rendimento vergonhoso às forças do mal", e lamentou a eclosão de um conflito depois de dois anos de sofrimentos causados pela pandemia de covid. – Isso que estamos vivendo nas últimas semanas não é aquilo que esperávamos após a difícil emergência sanitária provocada pela pandemia, que nos fez experimentar a impotência e o temor, juntos com a condição de fragilidade da nossa existência – disse.
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