Em publicação na rede Truth Social, Trump acusou os democratas de explorarem o tema para desviar a atenção “do sucesso dos republicanos”.
Por Redação, com ANSA – de Washington
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu no domingo que os republicanos votem a favor da divulgação integral dos documentos relacionados ao caso do bilionário Jeffrey Epstein — condenado por pedofilia e morto em 2019 —, afirmando não haver “nada a esconder”.
Em publicação na rede Truth Social, Trump acusou os democratas de explorarem o tema para desviar a atenção “do sucesso dos republicanos”.
– Os republicanos da Câmara deveriam votar pela divulgação dos arquivos de Epstein, porque não temos nada a esconder – declarou, em referência à votação prevista para esta terça-feira, na Câmara dos Representantes dos EUA.
Para ele, “é hora de virar a página dessa farsa democrata”.
“Ninguém se importava com Jeffrey Epstein quando ele estava vivo e, se os democratas tivessem qualquer coisa, teriam divulgado antes da nossa vitória eleitoral”, continuou.
Desta forma, Trump insistiu que o foco principal deveria ser retomado: “A única coisa que importa é voltarmos a nos concentrar na economia e na acessibilidade, uma questão na qual estamos vencendo”.
Em sua publicação, o presidente dos EUA destacou também que o Departamento de Justiça “já divulgou dezenas de milhares de páginas de Epstein” e que investigações envolvendo figuras democratas – como Bill Clinton, Reid Hoffman e Larry Summers – estão em andamento.
Ele afirmou não ver problema em o Comitê de Supervisão da Câmara acessar tudo o que tiver direito legalmente. “Não me importo. O que me importa é que os republicanos voltem a se concentrar na economia”, reforçou.
Por fim, reiterou os “significativos sucessos” de seu governo em temas como inflação, cortes de impostos, segurança na fronteira e deportação de imigrantes ilegais. “Vamos falar sobre as metas alcançadas pelos republicanos e não cair na armadilha de Epstein, que é uma maldição para os democratas, não para nós”, concluiu.
Rede de exploração sexual
Epstein foi acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade e de comandar uma rede de exploração sexual. Preso em julho de 2019, ele cometeu suicídio na cadeia cerca de um mês depois, segundo as autoridades norte-americanas.
Nos últimos dias, a divulgação de uma série de e-mails de Epstein pelo Congresso reacendeu questionamentos sobre sua relação com Trump. Em um deles, o bilionário afirma que o atual presidente “sabia” de suas condutas e teria passado “horas” em sua casa acompanhado de uma vítima de abuso.
Em meio à polêmica, a Casa Branca acusou os democratas de vazarem os documentos para manchar a reputação de Trump.
