Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

TRF-IV manda Petrobras rebatizar campo de Lula para não gerar ‘promoção pessoal’

Arquivado em:
Quinta, 04 de Junho de 2020 às 10:02, por: CdB

O Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-IV) considerou que o nome do campo gerava promoção pessoal para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou Mattar, em publicações no Twitter na noite de quarta-feira.

Por Redação - do Rio de Janeiro

Uma decisão judicial emitida nesta quinta-feira determinou que a Petrobras deverá rebatizar o campo de Lula, no pré-sal, atualmente o maior em produção no Brasil, disse o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar.

lula-3.jpg
O medo de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva volte a brilhar nas urnas assusta os integrantes do governo e seus aliados no Judiciário

O Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-IV) considerou que o nome do campo gerava promoção pessoal para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou Mattar, em publicações no Twitter na noite de quarta-feira.

Não foi possível contatar o TRF-IV, de imediato. A Petrobras também não respondeu ainda a pedidos de comentário sobre as publicações do secretário na rede social. A Petrobras atribuiu o nome de Lula ao campo, até então denominado Tupi, no final de 2010, perto do encerramento do governo do então presidente Lula.

Alta produção

De acordo com Mattar, que classificou como “acertada” a decisão do TRF-4, a determinação judicial é para que o campo retome o nome de Tupi.

O campo de Lula produziu 1,033 milhão de barris por dia de petróleo e 45,7 milhões de metros cúbicos de gás natural em abril, mantendo-se como maior produtor do Brasil, de acordo com números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A título de comparação, a produção em Lula já é maior que a oferta total da Venezuela, que ficou em torno de 796 mil barris por dia em 2019, segundo dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Petroleiros

Ainda nesta quinta-feira, a Petrobras noticiou que receberá, no próximo dia 14, em Cingapura, um navio contratado para atender operações de escoamento de petróleo de suas plataformas (“offloading”), disse a companhia em comunicado nesta quinta-feira.

O Eagle Petrolina é o primeiro de quatro navios contratados pela estatal para atender no longo prazo as operações de escoamento e tem capacidade de armazenamento de 1 milhão de barris.

“A embarcação saiu da Coreia do Sul na quinta-feira, após testes em alto mar... a previsão é que o navio chegue ao Brasil no início de julho para operar na Bacia de Santos”, disse a Petrobras.

As demais embarcações envolvidas no contrato serão entregues em julho, agosto e outubro, segundo a petroleira.

“Com a alta produtividade apresentada pelos campos do pré-sal, estamos investindo e preparando nossa infraestrutura logística para o aumento da produção de petróleo nos próximos anos”, disse o diretor de Logística da Petrobras, André Chiarini, em nota.

Emissões

A Petrobras também contratou, em separado, mais três navios-tanque com entrega prevista para 2022, acrescentou a empresa. Segundo a empresa, a capacidade de escoamento das plataformas passará de 2,067 milhões de barris/dia, atualmente, para 2,262 milhões de barris/dia em 2022.

A Petrobras também informou que concluiu, na véspera, uma emissão de US$ 3,25 bilhões em títulos no mercado internacional, segundo comunicado da companhia. A operação envolveu US$ 1,5 bilhão em títulos com vencimento em 2031 e US$ 1,75 bilhão com vencimento em 2050.

O rendimento para o investidor será de 5,6% ao ano para os títulos com vencimento em 2031 e de 6,9% ao ano para os que vencem em 2050. A Petrobras disse que os recursos levantados serão utilizados para “propósitos corporativos gerais”, sem detalhar.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo