Rio de Janeiro, 15 de Março de 2025

Tendência dos juros é de alta, constatam analistas

Arquivado em:
Quarta, 09 de Março de 2022 às 14:24, por: CdB

Até agora, a maioria dos economistas ouvidos pela mídia conservadora espera que o BC opte por um aumento de 1 ponto porcentual da Selic, de 10,75% para 11,75% ao ano, o que já seria o maior nível em cinco anos. Mas já está no radar um ciclo de altas mais longo que o esperado anteriormente, com a taxa de juros chegando até a mais de 13%.

Por Redação - de Brasília
Com o acúmulo de questões não resolvidas durante a pandemia de covid-19, na inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne na semana que vem com uma nova lista de desafios a enfrentar. A disparada do petróleo e de outras commodities no mercado internacional, gerada pela guerra na Ucrânia, eleva as projeções de inflação em marcha e as discussões no governo para amenizar o impacto nos preços de combustíveis podem ser um incômodo a mais para o mercado, especialmente se houver implicações fiscais.
copom.jpg
A reunião do Copom, no Banco Central, determina a taxa oficial de juros nos financiamentos bancários
Até agora, a maioria dos economistas ouvidos pela mídia conservadora espera que o BC opte por um aumento de 1 ponto porcentual da Selic, de 10,75% para 11,75% ao ano, o que já seria o maior nível em cinco anos. Mas já está no radar um ciclo de altas mais longo que o esperado anteriormente, com a taxa de juros chegando até a mais de 13%. Para os especialistas, além disso, é provável que a Selic mais alta seja mantida por um tempo maior do que se esperava antes.

Relatório

Os economistas lembram, porém, que uma eventual solução para conter a alta dos combustíveis (em discussão no governo) que aumente o risco de deterioração fiscal joga no sentido de mais juros. No Relatório Focus desta semana, a mediana para a Selic no fim do ciclo e no término de 2022 ficou em 12,25%, mas a projeção para 2023 subiu de 8% para 8,25% e para 2024, de 7,25% para 7,38%. Já para o IPCA, o índice oficial de inflação, as medianas são de 5,65% para este ano, acima do teto da meta (5,0%), 3,51% para 2023 e 3,10% para 2024, taxas superiores ao alvo central de 3,25% e 3,00%, respectivamente.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo