Rio de Janeiro, 06 de Dezembro de 2025

Taxista acusado de matar motociclista vai a julgamento

O taxista Eduardo Gripp é acusado de homicídio após a morte do motociclista Alan Sales em um acidente em Vila Isabel. Entenda os detalhes do caso e as repercussões.

Segunda, 29 de Setembro de 2025 às 12:49, por: CdB

O caso aconteceu em 31 de maio do ano passado, na Rua Teodoro da Silva. Alan foi atingido pelo táxi e arremessado contra um poste.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

Aconteceu nesta segunda-feira a audiência sobre a morte do motociclista Alan Rodrigues Sales, de 22 anos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. O processo tramita na 1ª Vara Criminal da Capital e tem como réu o taxista Eduardo Henry Nogueira Gripp, indiciado por homicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar.

Taxista acusado de matar motociclista vai a julgamento | Alan Rodrigues Sales, de 22 anos
Alan Rodrigues Sales, de 22 anos

O caso aconteceu em 31 de maio do ano passado, na Rua Teodoro da Silva. Alan foi atingido pelo táxi e arremessado contra um poste. Testemunhas afirmaram que ele ainda estava com vida após a colisão, mas não resistiu aos ferimentos minutos depois. Eduardo Henry fugiu sem prestar socorro.

De acordo com a investigação, os dois haviam discutido momentos antes do acidente. Um laudo da perícia apontou que Alan morreu em consequência da falta de distância mantida entre os veículos pelo condutor do táxi.

Dias de dor

A mãe de Alan, Ana Carla Rodrigues, de 48 anos, disse que ainda não conseguiu se reerguer após a morte do filho caçula.

– Eu vivo um dia após o outro, os dias estão sendo tão difíceis sem o meu filho, parece que esses dias não vai ter fim. Cada manhã que eu acordo, eu carrego comigo a dor e o peso da saudade. Não tá sendo fácil. Estou em pedaços, mas estou tentando encontrar forças para lutar por justiça, tanto eu quanto minha família – desabafou ao site Agenda do Poder.

Em depoimento, o taxista alegou que a morte foi resultado de um acidente enquanto seguia a moto da vítima, após um desentendimento por causa de um retrovisor quebrado. Carla contesta a versão.

– Meu filho era muito meu amigo, daqui a pouco a gente vai estar lá na audiência pedindo justiça. A beg [mochila de entrega que a vítima carregava] só esbarrou [no retrovisor]. Não foi por maldade. Eduardo não tirou só a vida do meu filho, ele acabou com uma história – disse.

Ameaças

Eduardo contou a polícia que deixou o local por medo de ser agredido e disse que já tinha ouviu relatos de linchamentos em situações semelhantes.

Depois do episódio, o motorista abandonou o táxi na loja onde trabalhava, na Rua Barão de Mesquita, e foi para casa. Ele disse que só soube da morte do motociclista posteriormente.

Eduardo também relatou ter recebido ameaças de morte e afirmou que grupos de motociclistas chegaram a cercar a loja onde trabalhava.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa do taxista. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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