O total de ocupados chegou a 100,206 milhões. É recorde da série histórica, iniciada em 2012. Cresceu 0,9% no trimestre (mais 862 mil) e 0,5% em 12 meses (acréscimo de 545 mil). Além disso, o número de empregados com carteira no setor privado – 37,615 milhões – aumentou 1,7% e 2,7%, respectivamente.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A taxa de desemprego voltou a diminuir e fechou em 7,6% no trimestre encerrado em outubro. Trata-se da menor desde fevereiro de 2015, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de desemprego agora é estimado em 8,259 milhões – menos 261 mil no trimestre (-3,1%) e 763 mil em um ano (-8,5%). É o menor número desde abril de 2015.
Já o total de ocupados chegou a 100,206 milhões. É recorde da série histórica, iniciada em 2012. Cresceu 0,9% no trimestre (mais 862 mil) e 0,5% em 12 meses (acréscimo de 545 mil). Além disso, o número de empregados com carteira no setor privado – 37,615 milhões – aumentou 1,7% e 2,7%, respectivamente. E é o maior desde junho de 2014. Por sua vez, os empregados sem carteira (13,314 milhões) ficou estável nas duas comparações.
Estimado em 25,582 milhões, o total de trabalhadores por conta própria cresceu 1,3% no trimestre. E ficou estável na comparação anual. O número de trabalhadores domésticos (5,819 milhões) e no setor público (12,142 milhões) permaneceu estável.
Informais
Os subutilizados (pessoas que gostariam de trabalhar mais) são 20,042 milhões. Com queda de 11,6% no ano, é o menor número desde fevereiro de 2016. Ainda segundo a pesquisa, a taxa de subutilização (17,5%) é a menor desde dezembro de 2015.
Já os desalentados (3,440 milhões) estão em número 6% menor no trimestre. Em um ano, a queda é de 17,7%. O IBGE lembra que é o menor contingente desde agosto de 2016. A participação de desalentados na força de trabalho é agora de 3,1%.
Mas a taxa de informalidade se mantém estabilizada em nível alto. Representa 39,1% dos ocupados, ou 39,2 milhões de pessoas. Calculado em R$ 2.999, o rendimento médio cresceu 1,7% no trimestre e 3,9% no ano. A massa de rendimentos soma R$ 295,7 bilhões, novo recorde da série histórica, com alta trimestral de 2,6% e anual de 4,7%.
Rendimento
— Isso mostra que tanto empregados quanto trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre — resumiu Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.
O rendimento médio real do trabalhador foi estimado em R$ 2.999, com alta de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% ante o mesmo período do ano passado. É a maior cifra desde o trimestre encerrado em julho de 2020 (R$ 3.152).
O IBGE atribui essa evolução à expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, ocupação normalmente com rendimentos maiores.
— A leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio — conclui Beringuy.