Atualmente, vivem na capital paulista 12,2 milhões de pessoas e 21,6 milhões em toda a região metropolitana, uma das maiores do mundo.
Por Redação, com ABr - de São Paulo
A maior cidade do Brasil, São Paulo completou 465 anos nesta sexta-feira, data em que foi fundado o colégio jesuíta que deu origem à metrópole. Atualmente, vivem na capital paulista 12,2 milhões de pessoas e 21,6 milhões em toda a região metropolitana, uma das maiores do mundo.
Em sua imensidão, a capital paulista ostenta milhares de arranhas-céus, que reúnem outros milhares de escritórios e sedes de multinacionais ao longo da Marginal do Rio Pinheiros ou na Avenida Paulista. Mas também guarda três aldeias indígenas em seus extremos, Parelheiros e Pico do Jaraguá, em meio à enorme mancha urbana. Maior centro financeiro do país, São Paulo conquistou o título com a ajuda dos migrantes: nordestinos, que vieram trabalhar nos complexos industriais e na construção civil; italianos, atraídos pela produção de café; além dos japoneses. Migrantes de várias regiões do Brasil e do mundo que vieram ao longo de ondas durante o século 20 e foram fundamentais para a formação da identidade que a cidade exibe hoje.
A capital também é referência cultural no país e no mundo. Um desses símbolos é o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, idealizado pelo empresário paraibano Assis Chateaubriand e projetado pela ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, em estilo modernista.
No aniversário da capital, o paulistano pode aproveitar toda a efervescência que a cidade oferece.
A programação completa pode ser conferida no site da prefeitura de São Paulo.
Museus
Os museus da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado ficaram abertos até a meia-noite com entrada gratuita. Houve ainda uma programação especial para o aniversário da capital paulista.
A Pinacoteca ficou aberta a partir das 10h e os visitantes puderam ver a exposição Rosana Paulino: a Costura da Memória, a maior exposição individual da artista conhecida por trabalhar as questões relativas à mulher negra na sociedade. Às 13h, foi conduzida uma visita educativa pela região da Luz, entorno do museu, para trazer reflexões sobre os símbolos da cidade, a história, arquitetura e mitos de origem. Às 18h, o auditório recebeu um show de voz e violão com Zezé Motta.
O Museu da Imagem e do Som, no Jardim Europa, Zona Oeste, recebeu três blocos em clima de pré-carnaval ao longo do dia. Também houve mostra de filmes e oficinas de maquiagem e máscaras. Atualmente, está em cartaz no local a exposição Quadrinhos sobre a história do gênero no Brasil e no mundo.
A Casa das Rosas, na Avenida Paulista, teve um café da manhã para acompanhar a conversa sobre a relação do poeta Haroldo de Campos com o romance Macunaíma, de Mário de Andrade. O espaço exibe uma mostra sobre o histórico do próprio casarão, um projeto do arquiteto Ramos de Azevedo.
O Museu Catavento, no Brás, na região central paulistana, teve espetáculos de ilusionismo abordando temas ligados à física e química, em apresentações das 11h30 as 15h30. A Oficina de Bonecas Abayomi ensinou os participantes a confeccionar a boneca considerada amuleto pela cultura africana. Houve ainda oficina para mostrar como se faz um terrário.
O Museu da Imigração, na Mooca, Zona Leste da capital, ofereceu a oficina A Fotografia e a Preservação Arquitetônica, ministrada por Claudia Chedid. Às 14h, foi exibido o filme EntreVilas, sobre o cotidiano das vilas e lutas operárias na trajetória industrial da cidade de São Paulo.
Shows no Centro
Shows de diversos gêneros musicais ocorreram no Vale do Anhangabaú, no Centro da capital paulista, a partir das 12h. Grupos de funk, gospel, samba, rap, pop, MPB, punk e rock’n roll se revezaram até a meia-noite no palco. A região também foi tomada por festas de coletivos urbanos e intervenções culturais. A programação contoi ainda com atividades descentralizadas nas casas de cultura, centros culturais e no Teatro Flávio Império.
As apresentações começaram com o projeto RC na Veia, criado por Dudu Braga, filho do cantor Roberto Carlos, para homenagear o pai. O show com música da Jovem Guarda recebeu como convidada a cantora Wanderléa. Em seguida, o grupo de rap gospel Ao Cubo se apresentou às 14h ao lado dos sambistas do Art Popular.
Às 16h, a festa continuou com show do sambista Paulinho da Viola, que cantou ao lado da filha Beatriz Rabello, além de Fabiana Cozza e Rodrigo Campos. Canções como Coração leviano, Dança da solidão, Timoneiro e Foi um rio que passou em minha vidafarão parte da apresentação. Às 18h30, sucessos do grupo de rock Charlie Brown Jr. foram relembrados no show Tamo Aí na Atividade apresenta Charlie Brown Jr, com apresentação de estrelas do rock nacional como Dinho Ouro Preto (Capital Inicial), Di Ferrero, Digão (Raimundos), Supla e Panda (La Raza).
Às 20h30, o rap nacional foi representado por Rael e Rashid, acompanhados por Pabllo Vittar. O encerramento, às 23h, foi com a cantora Ludmilla, que apresentou sucessos de funk, como o mais recente Din din din.
Coletivos urbanos
Em três palcos adjacentes, a partir das 14h, o público pode conferir o som de festas produzidas por coletivos urbanos de São Paulo. Para os amantes de música black, um dos palcos reunirá DJ Donna, Discopedia convida Seu Osvaldo e Batekoo convida KL Jay. Quem prefere música eletrônica, deve conferir as apresentações de Gop Tun, Millos & Trepanado, ODD e Mamba Negra. E a música brasileira estará representada no palco que concentra as festas Primavera, te amo; Santo Fort; Pilantragi; Prato do dia e Desculpa qualquer coisa.
A Rua XV de Novembro recebeu o palco Músicos do Futuro, com o discotecagem de Leandro Pardí, além de shows de forró com o grupo Caiana, música gospel com Érika Morise, o reggae de Alma Djem e o grupo Inovasamba. A região central teve ainda um concerto na Praça das Artes, com Diego Carneiro, violoncelista e diretor de Orquestra Equatoriana de Trajetória Internacional. Ele interpretou as famosas danças da Suíte de Bach e as Bachianas Villa-Lobos.
Atividades descentralizadas
Na Zona Norte, o Centro Cultural da Juventude recebe a banda de hardcore Dead Fish, que se apresentou com Deb Babilônia às 18h. Na Zona Leste, no Centro de Formação Cultural de Cidade Tiradentes, o público-alvo foram as crianças, com atrações circenses. Às 18h, ocorreu o show do grupo Sampa Crew. Na Casa de Cultura do Butantã, na Zona Ssul, às 15h, o show do Clube do Balanço com participação de Janayna Pereira e homenagens a artistas que embalaram sua vida e carreira.
Metrô e CPTM
O Metrô e a Companhia Paulsita de Trens Metropolitanos (CPTM) também teve o horário de funcionamento estendido até a 1h.