A carta diz, citando um documento interno da Meta, que aproximadamente 90 mil desenvolvedores na China obtiveram acesso a informações dos usuários, inclusive os dados de perfil, fotos e mensagens privadas, embora o Facebook nunca tenha operado na China.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
Os senadores norte-americanos Mark Warner e Marco Rubio escreveram na segunda-feira à detentora do Facebook, a Meta (plataformas proibidas na Rússia por serem consideradas extremistas), sobre documentos que mostram que desenvolvedores na China e na Rússia tiveram acesso a dados dos usuários que poderiam ser usados para espionagem.
Em um trecho da carta escrita por Mark Warner e Marco Rubio, que são o presidente e o vice-presidente do Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, respectivamente, pode-se ler:
"Segundo estes documentos, o Facebook sabia, pelo menos desde setembro de 2018, que centenas de milhares de desenvolvedores em países, caracterizados pelo Facebook como 'de alto risco', inclusive a República Popular da China, tiveram acesso a quantidades significativas de dados de usuários sensíveis", escreveram o democrata Warner e o republicano Rubio para o fundador da empresa, Mark Zuckerberg.
A carta diz, citando um documento interno da Meta, que aproximadamente 90 mil desenvolvedores na China obtiveram acesso a informações dos usuários, inclusive os dados de perfil, fotos e mensagens privadas, embora o Facebook nunca tenha operado na China.
Desenvolvedores na Rússia
Mais de 42 mil desenvolvedores na Rússia e milhares no Irã e na Coreia do Norte também tiveram acesso às informações, escreveram os senadores norte-americanos.
Os documentos deslacrados se tornaram conhecidos como parte do litígio no Distrito Norte da Califórnia, que foi registrado em 2018.
"Temos preocupações graves sobre a medida em que esse acesso poderia permitir a atividade de serviços de inteligência estrangeira, desde a influência maligna estrangeira até o direcionamento e contraespionagem", escreveram os dois senadores.