Alguns produtores gaúchos, que por questões climáticas fazem apenas uma safra de milho por ano, diferentemente de outras partes do país que colhem mais na segunda, já acionaram o seguro rural, nos bancos.
Por Redação, com Reuters - de Porto Alegre
O Estado do Rio Grande de Sul, maior produtor de milho na primeira safra do Brasil, registra perdas irreversíveis nas lavouras do cereal devido à seca, o que adiciona potencial para alta de preços em um mercado que lida com oferta escassa, avaliaram a federação das cooperativas agropecuárias do Estado (Fecoagro) e especialistas.
Alguns produtores gaúchos, que por questões climáticas fazem apenas uma safra de milho por ano, diferentemente de outras partes do país que colhem mais na segunda, já acionaram o seguro rural. Outros agricultores do Estado estão ponderando plantar soja em terras nas quais o milho não se desenvolveu.
— É difícil estimar (as perdas), mas acredito que tem produtores no Rio Grande do Sul que já acionaram o seguro, aqueles que já têm danos irreversíveis. E tem produtores não financiados pensando em tirar o milho e plantar soja — disse à agência inglesa de notícias Reuters o presidente da Fecoagro, Paulo Pires.
O produtor rural também fez referência às cotações da oleaginosa, que assim com as do milho, estão em patamares recordes.
— O produtor vai aproveitar os preços da soja, o produtor é muito dinâmico, ele vira a página muito rápido — resumiu.