Nascido em Minas Gerais, em 20 de julho de 1873, Santos Dumont foi estudar na França, onde deu início aos seus primeiros experimentos com balões e voo controlado. Autodidata, ele participava de todos os estágios, da fabricação até a montagem e experimentação de seus inventos.
Por Redação - de São Paulo
Nas comemorações pelos 150 anos de nascimento de Santos Dumont (1873-1932), o inventor do avião, uma exposição homenageia o brasileiro que criou o 14 Bis, um biplano com o qual ele fez o primeiro voo homologado do mundo, reconhecido pela Federação Aeronáutica Internacional.
“As coisas são mais belas quando vistas de cima”. A frase não poderia ter sido escrita por outra pessoa que não o Pai da Aviação, como é considerado o inventor.
Nascido em Minas Gerais, em 20 de julho de 1873, Santos Dumont foi estudar na França, onde deu início aos seus primeiros experimentos com balões e voo controlado. Autodidata, ele participava de todos os estágios, da fabricação até a montagem e experimentação de seus inventos.
Bagatelle
Em 1898, projetou e construiu o menor balão tripulado criado naquela época. Em seguida, associando aos balões motores de combustão interna a petróleo, Santos Dumont inventou os balões dirigíveis.
Em 1901, pilotou seu dirigível mais famoso, o Número 6, e foi premiado sobrevoar Paris. Depois da experiência com objetos mais leves, ele passou a estudar um veículo que fosse mais pesado que o ar. E foi assim que surgiu a aeronave mais famosa: o 14 Bis, com a qual ele deu uma volta no campo de Bagatelle, em Paris, diante de uma plateia.
— Essa exposição pretende com que se consiga apreender quem foi Santos Dumont — disse Ceres Storchi, arquiteta e curadora da exposição, a jornalistas.
Heroísmo
Segundo a curadora, a ideia é desmistificar o mito de herói que envolve Santos Dumont, exaltando seus feitos, e torná-lo mais próximo do público.
A mostra Santos Dumont - o poeta inventor começa com uma réplica do famoso 14 Bis instalada logo na entrada do espaço cultural Farol Santander, no centro da capital paulista. Construída por Alan José Calassa, a réplica pesa 150kg, mede 9,6 metros de comprimento por 11,7 metros de envergadura e tem 3,72 metros de altura na extremidade das asas.
— O fato de transformá-lo em herói, o afastou das pessoas. Gostaria que a exposição servisse para desmistificar essa questão do heroísmo. Ele era uma pessoa que tinha foco, era muito empenhado e botou todas as suas cartas naquilo ali [no objetivo de voar]. Na cabeça das pessoas, ele é o pai da aviação e um herói que fez o 14 Bis mas, para mim, isso é redutivo”, resumiu a curadora.