Depois das reuniões com Vladimir Putin, Xi Jinping deixou a capital russa com o compromisso de aprofundar laços entre Pequim e Moscou. Mas dos encontros entre os dois líderes não resultou em qualquer mudança no conflito com a Ucrânia.
Por Redação, com RTP - de Kiev
A visita do presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia já terminou, mas sem sinais de pacificação à vista para a guerra na Ucrânia. Enquanto o presidente chinês partia de Moscou, as forças russas atacavam, na quarta-feira, várias regiões do país
Depois das reuniões com Vladimir Putin, Xi Jinping deixou a capital russa com o compromisso de aprofundar laços entre Pequim e Moscou. Mas dos encontros entre os dois líderes não resultou em qualquer mudança no conflito com a Ucrânia.
Enquanto o presidente chinês partia de Moscou, a Rússia lançou uma onda de ataques com drones Shahed, de fabricação iraniana, na região de Kiev. De acordo com o chefe da polícia da capital ucraniana, morreram pelo menos nove pessoas e sete ficaram feridas, depois de atingida zona residencial da cidade de Rzhyshchiv.
As forças russas atacaram também a cidade de Zaporizhia, atingindo com pelo menos seis mísseis prédios habitacionais. As autoridades ucranianas descrevem o ataque como "deliberado” para matar civis”, do qual resultou um morto e mais de 30 feridos.
“Um dos mísseis atingiu dois prédios, destruindo parcialmente apartamentos e varandas, danificando telhados e janelas”, diz comunicado. “A explosão e os destroços também danificaram outros prédios residenciais próximos, carros e infraestruturas civis na cidade”.
Entretanto, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) advertiu que a segurança da central ucraniana de Zaporizhia se encontra em "estado precário", no momento em que a região continua a ser alvo de ataques e bombardeios.
A "última linha elétrica de emergência" da central, que permite garantir a segurança nuclear como último recurso, continua desligada e em reparação.
– A segurança nuclear dentro da central permanece nem estado precário – afirmou Rafael Grossi, diretor-geral da Aiea. "Apelo, mais uma vez, a todas as partes para que se comprometam a garantir a segurança da central".
Zelensky
Os ataques russos das últimas 24 horas ocorrem quando o presidente Volodymyr Zelensky visita as tropas ucranianas na linha da frente na região do Donbass.
– É angustiante olhar para as cidades de Donbass, às quais a Rússia trouxe sofrimento e ruína terríveis – afirmou o presidente ucraniano em seu habitual discurso em vídeo.
– É uma honra para mim apoiar os soldados que defendem o Estado nas mais duras condições da linha de frente – disse Zelensky que, nessa quarta-feira, homenageou com medalhas vários militares na região.
No vídeo divulgado nas redes sociais, ele prometeu que as forças ucranianas vão responder aos ataques dos russos.
– Os ataques em Zaporizhia, o ataque noturno na região de Kiev. Todos os ataques russos receberão resposta militar, política e legal. A Rússia vai perder essa guerra.