Kiev havia formalizado suas demandas no fim de março, quando se comprometeu a não ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas desde que tivesse caminho livre para entrar na União Europeia e garantias de segurança por parte de potências internacionais.
Por Redação, com ANSA - de Moscou
Mais de 20 dias após a última rodada de negociações em Istambul, a Rússia entregou à Ucrânia suas propostas para interromper a guerra entre os dois países.
Kiev havia formalizado suas demandas no fim de março, quando se comprometeu a não ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas desde que tivesse caminho livre para entrar na União Europeia e garantias de segurança por parte de potências internacionais.
– A Ucrânia tinha entregado suas propostas nas negociações em Istambul. A parte russa as estudou e apresentou sua própria posição. Agora cabe a nós estudar, comparar e tirar conclusões, tanto políticas como legais – disse Mikhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a "bola agora está no campo" de Kiev. No entanto, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, ressaltou que não há mais "confiança" nos negociadores ucranianos.
As negociações
Não se sabe ainda o teor da resposta de Moscou para a Ucrânia, mas as negociações ainda não incluiriam o destino do Donbass, região oriental onde ficam os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk.
A Rússia reivindica a soberania de todo o Donbass, o que abriria caminho para sua futura anexação, como ocorreu com a Crimeia, mas a Ucrânia exige a manutenção de sua integridade territorial.
O leste ucraniano é o principal palco da guerra atualmente, com uma ampla ofensiva russa e de separatistas para ampliar seu domínio nas regiões de Donetsk e Lugansk.