A polêmica visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao líder russo Vladimir Putin, na semana que antecedeu a invasão de 24 de fevereiro da Ucrânia, foi justificada largamente pela suposta proteção de contratos para garantir o fluxo de fosfatados e nitrogenados para o Brasil. Não é o que está ocorrendo.
Por Redação, com agências internacionais - de Moscou e São Paulo
O Ministério da Indústria e Comércio da Rússia recomendou aos fabricantes de fertilizantes e insumos para os produtos no país, nesta sexta-feira, que suspendam sua exportação. A notícia preocupa o Brasil, que importa da Rússia cerca de 60% de tudo o que país consumiu em 2021. Os insumos são determinantes para o agronegócio.
A polêmica visita de Jair Bolsonaro a Vladimir Putin, na semana que antecedeu a invasão de 24 de fevereiro da Ucrânia, foi justificada largamente pela suposta proteção de contratos para garantir o fluxo de fosfatados e nitrogenados para o Brasil. Não é o que está ocorrendo.
Crescimento
Segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em breve o reflexo da guerra na Ucrânia começará a impactar o comércio e pesar no bolso do consumidor brasileiro. Os gargalos no comércio internacional devem chegar também à ponta do consumo com repasse no preço de peças de vestuário, calçados e cosméticos, com o aumento dos custos logísticos.
A expectativa da ACSP para o crescimento do comércio neste ano, que é de 1,6% na comparação com 2021, está mantida. Porém, a entidade já vislumbra desaceleração das vendas no varejo. A associação comercial afirma que o prolongamento do conflito pode levar à revisão das projeções de crescimento, que já são tímidas.