Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Rio de Paz faz ato contra impunidade de assassinatos

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Quarta, 13 de Março de 2019 às 09:45, por: CdB

De acordo com o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa, a taxa de elucidação de homicídios no Brasil é de apenas 10%.

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

A organização não governamental Rio de Paz, conhecida por manifestações contra a violência no Rio de Janeiro, fez na manhã desta quarta-feira um ato contra os assassinatos sem elucidação no país. De acordo com o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa, a taxa de elucidação de homicídios no Brasil é de apenas 10%.
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Grafite em homenagem a Marielle Franco na comunidade Tavares Bastos, Zona Sul do Rio
– Queremos que o Brasil tenha meta de elucidação de homicídio. Chega de impunidade – explica Costa. No ato, voluntários usaram tinta vermelha para simular a limpeza de sangue do calçamento da Cinelândia, em frente à sede da Câmara dos Vereadores. Além disso, a manifestação aproveita para pedir às autoridades que descubram o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. No local, há uma jaula com os dizeres: “A cela continua vazia. Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes?”

Operação

Na terça-feira, dois suspeitos foram presos, suspeitos da morte de Marielle. Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram os primeiros a serem formalmente denunciados e presos pelo crime. Ronnie Lessa foi reformado depois de um atentado a bomba contra ele, que resultou na amputação de uma de suas pernas e que teria sido provocado por uma briga entre facções criminosas. Já Élcio Queiroz chegou a ser preso em 2011 na Operação Guilhotina, da Polícia Federal, que apurou o envolvimento de policiais militares com traficantes de drogas e com grupos milicianos. Na época, Queiroz era lotado no Batalhão de Olaria (16º BPM).

Assassinatos

O crime ocorreu no cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Estácio de Sá e João Paulo I, pouco mais de um quilômetro distante da casa de Marielle. Um carro emparelhou com o chevrolet Agile da vereadora e vários tiros foram disparados contra o banco de trás, justamente onde estava Marielle. Treze disparos atingiram o carro. Quatro tiros atingiram a cabeça da parlamentar. Apesar dos disparos terem sido feitos contra o vidro traseiro, três deles, por causa da trajetória dos projéteis, chegaram até a frente do carro e perfuraram as costas do motorista Anderson Gomes. Os dois morreram ainda no local.
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