Os irmãos estão presos preventivamente, acusados de serem os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, numa emboscada na região central da cidade.
Por Redação, com Poder360 – do Rio de Janeiro
Por 20 votos favoráveis e seis abstenções, a Câmara de Vereadores do Rio cassou as medalhas Pedro Ernesto, uma das principais condecorações do Estado, concedidas ao conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Domingos Brazão, e ao deputado federal, Chiquinho Brazão (sem partido). Essa foi a 7ª votação.
Os irmãos estão presos preventivamente, acusados de serem os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, numa emboscada na região central da cidade.
Os requerimentos para a cassação das medalhas foram apresentados pela vereadora Monica Benicio (Psol), viúva de Marielle.
– Como essa Câmara hoje é comprometida com esse poder que não é mais paralelo, que é a expressão da milícia, mas que está entranhado na política. Derrotar isso é também fazer justiça por Marielle – afirmou.
STF
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), liberou na terça-feira para julgamento a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra os irmãos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa por envolvimento no assassinato da vereadora.
O caso será julgado pela primeira Turma do Supremo. A data ainda não foi divulgada.
De acordo com a procuradoria, o assassinato se deu a mando dos irmãos Brazão e motivado para proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar atos de oposição política de Marielle.
A base da acusação é a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso da execução dos homicídios.