Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Rejeição de Marçal dispara, quanto mais ele fica conhecido do eleitor

Chamado de ‘bandido’ por seus concorrentes, Marçal parece fazer jus às acusações quando o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), legenda que abriga sua candidatura a prefeito de São Paulo, reúne ao menos dois condenados criminalmente em cargos importantes, na cúpula nacional.

Sexta, 06 de Setembro de 2024 às 20:12, por: CdB

Chamado de ‘bandido’ por seus concorrentes, Marçal parece fazer jus às acusações quando o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), legenda que abriga sua candidatura a prefeito de São Paulo, reúne ao menos dois condenados criminalmente em cargos importantes, na cúpula nacional.

Por Redação – de São Paulo

Candidato da extrema direita à prefeitura de São Paulo, o empresário Pablo Marçal (PRTB) parou de crescer e sua rejeição disparou, segundo a última edição da pesquisa DataFolha, divulgada nesta sexta-feira. Se os ataques feitos pelos adversários na propaganda eleitoral e em entrevistas não foram suficientes para que ele perdesse intenções de voto, o fim do período em que a campanha se dava quase exclusivamente pelas redes sociais diminuiu sua capacidade de ganhar votos e reduziu seu desempenho.

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O candidato neofascista Pablo Marçal disputa as eleições municipais de São Paulo

Chamado de ‘bandido’ por seus concorrentes, Marçal parece fazer jus às acusações quando o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), legenda que abriga sua candidatura a prefeito de São Paulo, reúne ao menos dois condenados criminalmente em cargos importantes, na cúpula nacional.

Vice-presidente da legenda, Antônio Amauri Malaquias de Pinho foi condenado por tráfico de influência, por cobrar dinheiro de políticos de ficha suja sob o falso argumento de comprar recursos junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nenhum integrante da Corte está envolvido, segundo o Judiciário. Além dele, o tesoureiro do partido, Adevando Furtado da Silva Junior, foi condenado por descaminho, por entrar no país com produtos sem o devido recolhimento das taxas legais.

 

Fiador

Ambas as situações se somam ao de Tarcísio Escobar de Almeida, indiciado por associação ao tráfico e ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que ocupou a Presidência legenda no Estado paulista por um período. Mesmo depois de deixar o cargo, continuou se apresentando e participando de solenidades como principal dirigente da sigla, no Estado. Todos foram alocados nas funções por Leonardo Alves Araújo, o conhecido ‘Leonardo Avalanche’, presidente nacional da legenda e fiador da candidatura de Marçal.

Adevando Furtado da Silva Junior, que administra os cofres do partido, foi condenado a um ano e dois meses de prisão por entrar no Brasil – oriundo do Paraguai – com produtos sem recolhimento de tributos, o que configura descaminho. A condenação foi substituída por prestação de serviço à comunidade. De acordo com os autos da ação aberta há dez anos, Silva Junior tentou fugir da polícia, na busca por não perder os produtos ilegais.

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