Padilha disse ainda que o presidente manterá as suas agendas de trabalho, inclusive recebendo ministros no Palácio do Alvorada. No entanto, afirmou que ele não deve voltar a despachar no Planalto nos próximos dias.
Por Redação - de Brasília
Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha avaliou nesta segunda-feira como "muito positiva" a recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de uma pneumonia. Segundo o ministro, Lula recebe medicação via oral desde sábado.
— Recuperação ótima, recebeu a visita da doutora Ana (Helena Germoglio) que comanda, junto com o doutor (Roberto) Kalil, o tratamento do presidente — relatou Padilha, aos jornalistas.
Padilha disse ainda que o presidente manterá as suas agendas de trabalho, inclusive recebendo ministros no Palácio do Alvorada. No entanto, afirmou que ele não deve voltar a despachar no Planalto nos próximos dias.
— Pelo menos até quarta-feira deve manter todas as suas agendas aqui no próprio Palácio do Alvorada por recomendação médica. Se ele se mantém aqui que melhora a reabilitação também reduz a exposição — afirmou.
Influenza A
No sábado, Lula cancelou a viagem à China que começaria no dia seguinte, por apresentar um quadro de pneumonia e ter passado por novas avaliações médicas. Padilha afirma que ainda não há uma nova data para a viagem presidencial, mas que as autoridades chinesas compreenderam a situação.
O presidente recebeu diagnóstico de broncopneumonia bacteriana e viral por influenza A na quinta-feira, após procurar o Hospital Sírio-Libanês em Brasília com sintomas gripais. Na ocasião, foi iniciado tratamento com antibióticos.
Apesar do adiamento de duas dezenas de acordos comerciais e convênios entre Brasil e China – devido à suspensão da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, acordos privados estão em andamento. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) deve anunciar esses acordos na próxima quarta-feira em Pequim.
Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a importação de seis novas plantas frigoríficas do Brasil, anunciadas na semana passada, deve se confirmar. Foi “habilitada” também a exportação de milho para a China pela primeira vez, informou Fávaro, que teve um café da manhã com empresários, na vésper.
Planos
Alguns empresários que participariam das conversas paralelamente às agendas de Lula já chegaram a Pequim, antes de ser anunciado o cancelamento do presidente. O chanceler Mauro Vieira – que iria no sábado direto para a capital chinesa de Los Angeles, nos Estados Unidos – já retornou ao Brasil. Ele chegou na noite de sábado em Manaus em um avião da Força Aérea Brasileira, e de lá rumou para Brasília.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava na comitiva, também ficou no Brasil, assim como o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante. Mas dois diretores do banco foram a Pequim para cumprir parte da agenda programada.
Marina Silva (Meio Ambiente), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Juscelino Filho (Comunicações), que também viajariam, permaneceram no Brasil. Além deles, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também cancelou sua ida a Pequim e, em nota, desejou “pronta recuperação ao presidente Lula”.