Pelo menos duas pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas em confrontos entre policiais e manifestantes anti-governo em Trípoli, no norte do , no quarto dia consecutivo de protestos no país.
Por Redação, com ANSA - de Trípoli
Pelo menos duas pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas em confrontos entre policiais e manifestantes anti-governo em Trípoli, no norte do , no quarto dia consecutivo de protestos no país.
Durante a última mobilização, a sede do conselho municipal foi incendiada pela multidão, que está cada vez mais revoltada com o novo lockdown imposto pelo governo para tentar controlar o avanço da covid-19.
As imagens divulgadas nas redes sociais e transmitidas pela emissora de televisão local mostram o edifício envolto em chamas, além da presença de diversos jovens manifestantes.
O prefeito de Trípoli, Riad Yamaq, afirmou que nenhum funcionário ou autoridade do município estava dentro do prédio durante o incêndio.
– É um ato covarde, que vai contra os princípios da mobilização antigovernamental – disse Yamaq para jornalistas no meio da noite, após ficar sabendo do caso.
Ataques em Trípoli
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, exigiu nesta sexta-feira que os "bandidos" responsáveis pelos ataques em Trípoli sejam presos e levados à Justiça.
– Condenar o ataque não é suficiente para compensar o custo pago por Trípoli, uma cidade usada por certas partes para enviar mensagens políticas explosivas. Devemos agora prender esses bandidos para que sejam responsabilizados pelo que cometeram – declarou Diab.
O Líbano está dominado por uma grave crise econômica que começou bem antes da chegada da pandemia do novo coronavírus. No entanto, os esforços para barrar o avanço da doença agravaram a situação. Mais da metade da população da nação está vivendo abaixo da linha da pobreza.
A violência dos protestos, que tem sido quase ininterrupta desde a noite de segunda-feira, matou pelo menos dois manifestantes e feriu mais de 300 indivíduos, incluindo cerca de 30 militares e policiais.
A ONG Anistia Internacional e organizações humanitárias locais já alertaram supostas violações cometidas contra os manifestantes pela polícia.