Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Pressão do STF encerra a farra das ‘emendas PIX’

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Terça, 20 de Agosto de 2024 às 20:54, por: CdB

O anúncio foi feito após reunião de cerca de quatro horas no gabinete da Presidência do Supremo, do qual participaram, além de Barroso, Lira e Pacheco, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o procurador-Geral da República, Paulo Gonet.

Por Redação – de Brasília

Durante encontro que reuniu os Três Poderes, durante almoço nesta terça-feira na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), os presidentes da Corte, Luís Roberto Barroso, da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), bem como representantes do Executivo, anunciaram um consenso sobre novos critérios para a liberação de emendas parlamentares ao Orçamento da União, entre elas as chamadas ‘emendas PIX’.pastedGraphic.pngpastedGraphic.png

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A reunião ocorreu na sede do Supremo Tribunal Federal (STF)

O anúncio foi feito após reunião de cerca de quatro horas no gabinete da Presidência do Supremo, do qual participaram, além de Barroso, Lira e Pacheco, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o procurador-Geral da República, Paulo Gonet. Todos os ministros do Supremo estiveram presentes.

Pelo consenso anunciado, foi garantido por todos que as emendas parlamentares deverão “respeitar critérios de transparência, rastreabilidade e correção”. “É preciso saber quem indica e para onde vai o dinheiro, portanto esse é um consenso que se estabeleceu”, afirmou Barroso ao sair do encontro.

 

Recursos

Segundo o entendimento alcançado, conforme a nota conjunta, as chamadas “emendas PIX”, que permitiam a transferência direta de recursos públicos sem destinação específica a algum projeto ou programa, ficam mantidas, desde que observadas “a necessidade de identificação antecipada do objeto, a concessão de prioridade para obras inacabadas e a prestação de contas perante o Tribunal de Contas da União (TCU)”.

A manutenção das ‘emendas PIX’ se dá com impositividade, segundo a nota conjunta, isto é, com a obrigatoriedade de serem realizadas pelo Executivo. No caso de emendas individuais comuns, elas também ficam mantidas, com impositividade, mas com novas regras de transparência e rastreabilidade a serem estabelecidas em até dez dias pelos Poderes Executivo e Legislativo.

Já as emendas de bancada, que já são impositivas, devem ser “destinadas a projetos estruturantes em cada Estado e no Distrito Federal, de acordo com a definição da bancada, vedada a individualização”, diz a nota conjunta divulgada nesta terça. Isso significa que as verbas não podem ser divididas entre os parlamentares que compõem as bancadas, que costumavam destiná-las segundo interesses próprios.

 

Solução

As emendas de comissão, por sua vez, devem agora ser “destinadas a projetos de interesse nacional ou regional, definidos de comum acordo entre Legislativo e Executivo, conforme procedimentos a serem estabelecidos em até dez dias”.

Outro ponto acordado foi o de que as emendas não podem crescer de um ano para outro em proporção maior do que a alta nas despesas discricionárias do Executivo.

— Considero que o extrato disso (do encontro) é uma solução inteligente e concertada entre os Poderes para buscarmos o que todos nós efetivamente queremos, que é um orçamento público que chegue na ponta, para projetos para população desse país — resumiu Pacheco, após a reunião.

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