Rio de Janeiro, 07 de Maio de 2025

Presidente volta atrás e já negocia cargos em troca de votos no Congresso

Mais de três meses depois de seu início, o governo ainda não tem uma base no Congresso para além do partido do presidente, o PSL, que tem 54 deputados. Mesmo partidos com ministros nomeados se declararam até hoje independentes.

Quarta, 03 de Abril de 2019 às 16:11, por: CdB

Mais de três meses depois de seu início, o governo ainda não tem uma base no Congresso para além do partido do presidente, o PSL, que tem 54 deputados. Mesmo partidos com ministros nomeados se declararam até hoje independentes.

 
Por Redação - de Brasília
  Crítico do que chama de ‘velha política’, referindo-se à prática do ‘toma lá, dá cá’ com o Congresso, o presidente Jair Bolsonaro recua, mais uma vez, na tentativa de criar uma base de apoio para a votação da reforma da Previdência. Nesta quarta-feira, o governo acelerou as negociações com o Congresso, em encontros de Bolsonaro com presidentes de seis partidos no Planalto, para convidá-los a integrar uma coalizão governista.
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Jair Bolsonaro, que se recusava às práticas da 'velha política', agora se reúne com líderes partidários para negociar cargos no governo
Mais de três meses depois de seu início, o governo ainda não tem uma base no Congresso para além do partido do presidente, o PSL, que tem 54 deputados. Mesmo partidos como o DEM, que tem três ministros nomeados — Casa Civil, Agricultura e Saúde — se declararam até hoje independentes. Além disso, a insatisfação dos partidos do chamado centrão com a interlocução do governo até agora tem piorado a situação, com algumas derrotas na Câmara em “recados” dos parlamentares ao Planalto.

Previdência

Nesta quinta, Bolsonaro — que até então resistia a entrar de fato na articulação política, especialmente na lida direta com os partidos — receberá os presidentes do PRB, Marcos Pereira; do PSD, Gilberto Kassab; do PSDB, Geraldo Alckmin; do DEM, ACM Neto —que almoçará com o presidente—; do PP, Ciro Nogueira; e do MDB, Romero Jucá. O objetivo, segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será o de convidá-los a fazer parte da base do governo. — O tom será de convidá-los para que participem desse esforço de construção do entendimento na busca de ter a nova Previdência aprovada. Para que tenhamos uma base constituída, a gente precisa dialogar, convidar e abrir a porta. É o que a gente está fazendo. Estamos abrindo a porta para construção dessa base, que vai se expressar lá na votação da nova Previdência — conclui Lorenzoni.
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