"Como é endividamento por parte do governo, quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo. Sabemos da situação difícil em que se encontra população, que perdeu empregos não por culpa do presidente", debochou o presidente, à saída do Palácio da Alvorada, falando ao 'cercadinho'.
Por Redaça2o - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a debochar da miséria em que se encontra grande parte dos brasileiros, refletida nas manifestações do M29. A apoiadores no Palácio da Alvorada, o presidente buscou ainda fugir da culpa pelo aumento no desemprego.
— Como é endividamento por parte do governo, quem quer mais é só ir no banco e fazer empréstimo. Sabemos da situação difícil em que se encontra população, que perdeu empregos não por culpa do presidente — debochou.
Bolsonaro disse que o Brasil, ao contrário do que indicam dados do Ministério da Cidadania, foi um dos únicos países na América Latina a reduzir a pobreza:
— Só dois países da América Latina diminuíram a pobreza, nós e o Panamá, se não me engano. Você não vai ver isso em lugar nenhum da imprensa. Qual país do mundo fez projeto como o nosso, que foi o auxílio emergencial? Gastamos em 2020 o equivalente a 10 vezes o Bolsa Família. E tem gente criticando ainda, falando que quer mais — continuou.
Oposição
Ainda nesta manhã, Bolsonaro disse que, se tivesse autoridade para decidir sobre questões relacionadas à covid-19, o Brasil estaria em “uma situação diferente”. À saída do Palácio da Alvorada, o mandatário referia-se à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou prefeitos e governadores a decidir sobre medidas de restrição e confinamento em seus respectivos Estados e municípios. A medida, contudo, nunca impediu ações do governo federal em relação à pandemia.
— Se eu tivesse autoridade sobre a questão da covid, estaria diferente a situação do Brasil. Eu não fechei nada, não mandei ninguém ficar em casa, não destruí empregos — apontou.
Bolsonaro também criticou os protestos gigantescos da oposição, ocorridos por todo o país no último fim de semana.
— Esse movimento, agora, de domingo, da esquerda na rua, eles alegaram que estavam de máscara. Se de máscara não tem problema, por que o comércio não pode abrir com máscara? É um movimento que se aproveita da questão do vírus para fins políticos — desconversou.