Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Presidente da Fiesp considera taxas de juros do país ‘pornográficas’

De acordo com Josué Gomes, altas taxas de juros prejudicam os investimentos da indústria brasileira. Para a mesma plateia, nesta manhã, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também criticou o valor da taxa básica de juros, a Selic.

Segunda, 20 de Março de 2023 às 12:04, por: CdB

De acordo com Josué Gomes, altas taxas de juros prejudicam os investimentos da indústria brasileira. Para a mesma plateia, nesta manhã, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também criticou o valor da taxa básica de juros, a Selic, que está em 13,75% desde agosto do ano passado.


Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o empresário Josué Gomes da Silva taxou de “pornográficas” as taxas de juros praticadas no mercado financeiro nacional. Em discurso nesta segunda-feira, no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ele disse que os atuais valores são inconcebíveis e precisam ser reduzidos.

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Presidente da Fiesp, Josué Gomes combate os juros altos praticados pelo BC


— É inconcebível a atual taxa de juros no Brasil. Muitos querem associá-la a um problema fiscal. A tese é que há um abismo fiscal. Abismo fiscal num país que tem 73% do PIB de dívida bruta. Tirando as reservas (cambiais) são mais ou menos 54% de dívida. Tirando o caixa do Tesouro Nacional, são menos de 45% do PIB de dívida líquida, num país com a riqueza do Brasil. Então esta não é uma boa explicação para as pornográficas taxas de juros que praticamos no Brasil — afirmou.

Selic estável


De acordo com Josué Gomes, altas taxas de juros prejudicam os investimentos da indústria brasileira. Para a mesma plateia, nesta manhã, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também criticou o valor da taxa básica de juros, a Selic, que está em 13,75% desde agosto do ano passado.

— Não há nada que justifique ter 8% de taxa de juros real, acima da inflação, quando não há demanda explodindo e, de outro lado, no mundo inteiro, há praticamente juros negativos. Nós acreditamos no bom senso e que a gente vá, com a nova ancoragem fiscal, superar essa dificuldade — endossou.

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, se reúne a partir desta terça-feira, para definir a nova taxa Selic, mas analistas de mercado apostam que, no máximo, o colegiado permanecerá com a taxa Selic estável, ainda no maior patamar de juros do mundo.

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