A afirmação do petista foi feita após uma reunião com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, antes da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Por Redação, com ABr – de Hanoi e Kuala Lumpur
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), declarou neste sábado que a Organização das Nações Unidas (ONU) e outras instituições multilaterais “pararam de funcionar” e falharam em proteger as vítimas palestinas da guerra na Faixa de Gaza. A afirmação do petista foi feita após uma reunião com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, antes da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

— Quem pode aceitar o genocídio que vem ocorrendo na Faixa de Gaza há tanto tempo? As instituições multilaterais criadas para impedir que esses eventos aconteçam pararam de funcionar. Hoje, o Conselho de Segurança da ONU e as próprias Nações Unidas não estão mais funcionando — criticou Lula.
Ainda em relação ao enclave palestino, o padre Gabriel Romanelli, pároco da Sagrada Família de Gaza, afirmou que a “guerra não acabou” e que a situação no território “continua terrível”.
— Há um cessar-fogo, e esperamos que dure, mas, por enquanto, o sofrimento segue intenso. Ainda há mortes, não podemos cruzar a fronteira e a ajuda humanitária não está chegando do Egito. Algumas pessoas conseguiram ir para a Jordânia, o que certamente é um bom sinal, mas a trégua é muito frágil — afirmou o religioso.
Acordo
Apesar das críticas ao organismo internacional, o Brasil tornou-se signatário da Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Cibernético. Adotada pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o tratado assinado neste sábado estabelece as bases para a cooperação internacional contra os delitos digitais.
A adoção da convenção pelo Brasil foi assinada pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, em Hanói, no Vietnã. Rodrigues integra a comitiva que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que percorre o sudeste asiático em busca de uma aproximação política com países da região e da possibilidade de expandir o comércio brasileiro.
Outros 59 países assinaram o pacto na mesma cerimônia. Ao menos no caso brasileiro, a assinatura é um ato político que manifesta a intenção do Brasil se tornar parte da convenção, mas a adesão definitiva, que gera obrigações jurídicas, depende do aval do Congresso Nacional.